quarta-feira, 30 de junho de 2010

Mude de idéia

Se você ainda usa dentro de casa lâmpadas de filamento (incandescentes) aquelas que esquentam quando emitem luz, tá mais que na hora de você mudar de idéia e de atitude utilize lâmpadas fluorescentes (frias). Consumo de energia inteligente poupando dinheiro e preservando o meio ambiente.
OLha que bonitinho o vídeo abaixo:


Pense nisso.
Bjus =P

domingo, 27 de junho de 2010

"Biólogo abate aves em extinção"

Bom dia caríssimos, esse título foi destaque na primeira página do caderno vida e cidadania do Jornal Gazeta do Povo de hoje 27/06/2010. Apesar do título generalizar a idéia que qualquer biólogo esteja cometendo um absurdo desses a reportagem é bem interessante.
Resumo da ópera; um biólogo chamado Louri Klemann Junior, credenciado pelo Instituo ambiental do Paraná e pelo IBAMA, cometeu um "engano" e abateu duas aves da espécie guará (Eudocinus ruber) que está na lista de animais em extinção quando estava coletando outros animais.
Vale a pena conferir.
Para ter acesso a matéria completa é só clicar no título que automaticamente vc será redirecionado.
Bjus

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Vazamento de óleo

Nos útlimos dias eu fiz uma busca (modesta) na literatura a respeito dos impactos causados por vazamentos de óleo em plataformas petrolíferas.
Infelizmente acidentes em refinarias parecem ser constantes. Desde os anos 70 há registros de acidentes ecólogicos de grandes proporções em diferentes locais ao redor do mundo envolvendo a extração de petróleo.
No Brasil, apenas na região sul/sudeste  foram registrados 232 acidentes em 27 anos (1974-2000), sendo que 75% desses vazamentos são considerados de pequeno porte.
No entanto, os outros 25% de que se tem notícia são verdadeiras catástrofes, como aquele ocorrido em 2000 aqui do ladinho no município de Araucária, que foi palco de um dos maiores desastres ambientais onde 4 milhões de litros de petróleo vazaram pelas águas do rio Iguaçu, a responsável por isso é a Refinaria Presidente Getulio Vargas, mais conhecida como REPAR, durante muito tempo a Repar foi acusada de negligência uma vez que o acidente poderia ter sido evitado. A tragédia foi tão grande que entrou para história dos maiores desastres ambientais do estado do Paraná pode-se dizer do Brasil, a mortandade abrangeu capivaras, tatus, antas, além de centenas de aves (martim-pescador, biguá e saracuras, narceja e jaçanãs) e peixes, os animais tem uma chance mínima de sobrevivência, pois o óleo impede a respiração e eles acabam morrendo por asfixia.
É petróleo cru para chuchu que vaza pro meio ambiente sem controle quando acontecem esses "acidentes". No Rio de Janeiro, no início do mesmo ano do acidente com a Repar,  o rompimento de um ducto colocou em risco a única área de preservação na Baia de Guanabara e sabe qual o valor da multa? R$ 94 mil reais, que é o que a legislação prevê para o tipo de acidente ocorrido, porque aqui no Brasil crime contra o meio ambiente não é "tão criminoso" é só um acidente. A refinaria em questão é a Reduc, Refinaria Duque de Caxias. 
De fato acidentes com petróleo são desastrosos, sejam para espécies marítimas ou não. A extensão dos danos causados ao meio ambiente são difíceis de mensurar, mas toda a biota é afetada, de poríferos a mamíferos, com graus diferentes de prejuízo.
Embora muitas vezes o dano ao meio ambiente seja algo prevísivel as refinarias assumem todo o risco desde a coleta até o transporte, infelizmente quando acontece um acidente de pequenas ou grandes proporções a tendência é esconder e não divulgar informações necessárias para monitoramento da tragédia.
Por exemplo, no dia 15/04/2009 ocorreu um vazamento de óleo da Refinaria Landulpho Alves, em São Francisco do Conde (BA), a Petrobrás demorou para fazer a divulgação do produto derramado e da extensão do vazamento, mas durante muitos dias os pescadores retiravam uma quantidade obscena de peixes mortos por causa do óleo.
Eu não pesquisei tanto assim, mas eu fiquei com medo do que eu vi. Todo ano tem um rompimento de um ducto nas refinarias. Se a gente somar a quantidade vazada de cada refinaria, a área de extensão e a gravidade para o meio ambiente, no mínimo senhores, deveriamos urgentemente discutir formas alternativas de energia e pressionar o governo para a obtenção de uma energia verde, limpa e sem ou com o mínimo de danos a natureza.
O que é um dano pequeno ou grande para uma planta ou um animal? Para uma vida que acaba o dano é de 100% e, logo ele, é gigante.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

British Petroleum 7 semanas de descaso ambiental

Caríssimos,
Estive evitando falar sobre o assunto porque é algo tão assustador, tão cruel e terrível que me deixa mal, muito mal mesmo.  Mas depois de 7 semanas do acidente esse descaso todo é  revoltante e foi por isso que resolvi escrever.
Como vcs devem saber a tragédia toda começou com uma explosão na plataforma Deepwater Horizon, que é arrendada pela British Petroleum (BP), no dia 20 de abril. Uma tubulação de 1,5 km (abaixo da superfície) se rompeu deixando escapar milhares de litros de petróleo cru, minha gente, petróleo cru!
De lá para cá, eu tenho lido muitas notícias no jornal, mas principalmente na internet, sobre os danos causados por esse vazamento, basicamente todos são relacionados a prejuízos ecônomicos, como: danos à imagem do presidente Barack Obama ou prejuízos a indústria pesqueira e ao turismo. Pouco, ou quase nada, tem se discutido o dano causado à vida e aquele ambiente. Muitos menos se discute a utilização de energias alternativas ou novas regulamentações para acidentes petrolíferos.
Quando se fala em desastre ecológico é difícil estimar quanto vale uma vida, por exemplo, a avifauna ali representada por centenas de pelicanos mortos ou em estado de quase morte equivale a quantos dólares? E a vida marinha? Quatro espécies de tartarugas marinhas, golfinhos, baleias cachalotes, crustáceos e peixes estão morrendo diariamente e os que conseguirem ser resgatados dificilmente sobreviverão. E ainda tem o plâncton, muitas vezes esquecido das grandes matérias, que é a base da cadeia alimentar da vida marinha e, sensível, com contato com o petróleo simplesmente MORRE. Tem como colocar um valor em tudo isso? NÃO.
Fiquei perplexa ao ler na página G1 uma matéria na qual um executivo da empresa BP dizia: "Limparemos o petróleo, solucionaremos qualquer dano ambiental e deixaremos a costa do Golfo do México nas mesmas condições que estavam antes do evento. Este é um compromisso inquestionável, permaneceremos por lá muito tempo após o assunto ter deixado de ocupar a atenção da imprensa, honrando nossas promessas", meu DEUS, minimizar as consequências é uma vergonha, EVENTO? Porque não diz de uma vez que foi uma catástrofe!
As correntes oceânicas fazem com que a mancha de petróleo se alastre rapidamente isso torna tudo ainda pior, porque o petróleo pode chegar a lugares distantes do local do acidente fazendo com que o desastre avance para outras regiões e colocando em risco ainda outras centenas de vidas.
A verdade é que a vida selvagem não tem valor nenhum, porque o valor dela está acima de qualquer moeda ecônomica.
Eu vou tentar ainda baixar alguns artigos para aprofundar essa conversa. Porque o desequilíbrio ecológico é muito maior do que se imagina e para isso eu quero ter apoio científico para não correr o risco de escrever besteira, porque o assunto é muito sério mesmo.
Então quem quiser cooperar comigo me mandando material associado, pode enviar para meu email pessoal que não é o meu msn: silvynnha@hotmail.com. Ficarei imensamente feliz em receber esses arquivos!!!
abraços a todos,

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O trabalho do bicho!

Quantas vezes você ouviu dizer que nicho ecológico é o lugar onde os organismos vivem? Ou pior ainda: o papel que o organismo desempenha no meio ambiente um tipo de "emprego". Esqueça tudo e isso e pense na frase: a Mata Atlântica é o nicho onde vive o Milvago chimachima, popularmente conhecido como Gavião Carrapateiro. Bem agora vamos analisá-la, por partes:
Primeiro: A Mata Atlântica na verdade não é um nicho e sim um ecossistema, diga-se de passagem, quase que exclusivamente tupiniquim.
Segundo: O lugar onde os organismos vivem não é o nicho, e sim o famoso habitat.
Um habitat pode ser uma lagoa para um peixe, uma campo para borboletas, uma placa de cultura para bactérias enfim, um habitat fornece uma série de nichos distintos, e cada animal que vive em um determinado habitat está adaptado à ele e, portanto, apresenta estilos de vida também distintos.
O nicho ecológico muitas vezes é mal compreendido pelas pessoas isso porque ele não é um lugar. Eu achei a definição de Colin Townsend, professor e pesquisador (imagem tirada do site da Universidade de Otago), a mais simpática das que eu já havia ouvido, ele diz que o nicho não é um lugar no universo e sim uma idéia. Uma vez que para sobreviver os organismos necessitam ser tolerantes a determinados ambientes e/ou variações do meio e, ter suas necessidades fundamentais supridas, como: temperatura, umidade, altitude, luminosidade e etc.

O responsável por essa "confusão toda" foi o naturalista inglês Charles Sutherland Elton que em 1933 publicou  The Ecological Animals que é considerado um dos clássicos na história das publicações no campo da ecologia. Na verdade o que ele disse foi mais ou menos isso: que o nicho é um conceito funcional, sucessão ecológica, a dinâmica de dispersão e das relações críticas à flutuação de populações de animais, incluindo a interação com o habitat e ambiente físico.
Pasmem eu vou colocar só um adendo na história toda, Charles além de britânico fez suas primeiras descobertas de relações entre espécies e habitats nas redondezas de Liverpool, sim aquela cidadezinha que viu nascer os reis do yeah yeah yeah!!!
Depois em 1957 um novo conceito foi proposto e nele as interações entre as necessidades e as condições do meio ambiente pelo indivíduo ou por uma espécie determina o estilo de vida desse indivíduo ou espécie.
Atualmente admite-se que o nicho seja definido pelos limites que possibilitam a sobrevivência dos organismos, diversos fatores que interagem e limitam taxas de crescimento e reprodução e isso é bem diferente que um simples "trabalho do bicho".
Ah eu já tava esquecendo do Gavião Carrapateiro (belíssimo), o exemplo aqui citado, é encontrado na Mata Atlântica sim e isso é verdadeiro, inclusive na estação do Parque Marumbi, dado retirado de um texto do  Fernando Costa Straube ornitólogo desde 1982 (ano do meu nascimento) e o texto presente no site Atualidades Ornitológicas, sinceramente eu não aprecio muito esse site, mas de vez em quando eu entro para dar uma fuçadinha em assuntos da avifauna.
É caríssimos, os termos utilizados em ecologia são muito mais complexos do que se imagina, mas uma boa saída para se compreender todos eles é ainda ler, ler e ler.
Espero ter iluminado um pouquinho a idéia desse conceito. Se persistirem as dúvidas procurem um ecólogo que ele saberá de uma maneira mais brilhante responder corretamente essa questão.
Beijos a todos e xauxau!!!