sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Nossos felinos ameaçados de extinção.

Olá leitores,
Ia postar algo a respeito dos refugiados ambientais mais o blog do Planeta do Bem fez isso primeiro e não quero que pareça uma cópia de idéias, então fica para próxima!
Então resolvi postar algo sobre felinos, já mencionei anteriormente aqui no Blog que eu tenho um schnauzer e uma gatinha (vira-lata), tem chovido bastante a noite aqui em Curitiba o que deixa a gata (o nome da gata é gata) extremamente injuriada, pois como qualquer felino é a noite que ela pode colocar as garrinhas para fora. Como está chovendo ela não pode explorar o ambiente então ela mia, mia muuuuuuuuito a noite. Eu que sou um animal com hábitos diurnos e levanto muito cedo, pensei em dar uma boa "matadinha" nela, mas como a lista de animais em extinção no Brasil não é pequena resolvi repensar e dedicar um post especial aos felinos brasileiros, afinal ela não tem culpa de estar chovendo.
A família Felidae é composta por 37 espécies de felinos, exceto pelo gato doméstico, todos estão em perigo ou ameaçadas de extinção.
De modo geral, podemos dizer que sempre que se fala em felinos o primeiro pensamento que vêm à cabeça são os leões na África (Phantera leo) faz sentido uma vez que a figura do leão é amplamente explorada pela Disney. Mas enfim, vamos focar no Brasil.
O maior e mais reconhecido felino brasileiro com certeza é a nossa querida onça-pintada (Panthera onca), também conhecida como jaguar, o que poucas pessoas sabem é que a onça-pintada não é um animal endêmico do Brasil, esse felino tem distribuição geográfica desde o México até o norte da Argentina (dados da IUCN) como pode ser visto no mapa.
São encontrados mais especificamente em zonas florestais, planícies pantanosas e savanas. Por causa da degradação do habitat, consequência do desmatamento das florestas, a população de onça-pintada diminuiu drasticamente nos últimos anos. E infelizmente, nem nos parques nacionais refúgios da vida silvestre esses animais estão livres de ameaça, é triste dizer mas em março do ano passado uma onça-pintada foi atropelada no Parque Nacional do Iguaçu (PNI), acredita-se que ela passou de ameaçada a inexistente lá no parque,  alguns biólogos afirmam que ela era a última onça remanescente do PNI, esse tipo de "acidente" ocorre porque é permitido o trânsito de automóveis dentro do Parque. Enfim, certas coisas são mesmo difíceis de se compreender. Fato é que os felinos de grande porte são ameaçados de extinção, mas não são os únicos. Em geral os felinos são divididos em gatões: tigre, leão, onça-pintada, onça-parda entre outros e, em gatinhos como: jaguatirica, lince, gato de maracá, etc. A extinção é um processo que ocorre naturalmente, mas que está sendo seriamente agravado pela pressão humana sobre os ambientais naturais, um dos maiores problemas é aquele causado pela depressão endogâmica, em que animais que são cosanguineos acasalam e geram proles com maior probabilidade de desenvolvimento de doenças causando uma fragilidade tão severa que pode sim levar a extinção em poucos anos. Uma das diferentes formas de se evitar ou atrasar o processo de extinção é conhecer melhor as espécies, nesse sentido o IBAMA fez uma das ações que eu considero das mais interessantes criou em 1995 o Grupo de Trabalho Especial para Pequenos Felinos Brasileiros, também conhecido como plano de manejo para felinos brasileiros de pequeno porte, dessa forma tenta-se manter um programa de conservação. Aqui no Paraná, eu li alguns estudos com felinos no Salto Morato, mas ainda sim acho que tem um longo caminho a se percorrer, porque tudo está ligado a conservação do habitat que convenhamos no nosso país é algo muuuuuuuuuito precário.
No Brasil, se eu não estiver enganada, existem 8 espécies de felinos, são elas: onça-pintada (Phantera onca), suçuarana [minha preferida] (Puma concolor), jaguatirica (Leopardus pardalis), gato-maracajá (Leopardus wiedii), gato-do-mato-grande (Oncifelis geoffroyi), gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus), gato-palheiro (Oncifelis colocolo) e finalmente o gato-mourisco (Herpailurus yaguarondi).
Tendo vista que a ameaça de extinção dos felideos de grande e pequeno porte é real, muitos pesquisadores brasileiros tem trabalhado o estudo do comportamento de algumas espécies em cativeiro, observam locomoção, atos comportamentais, parado, cuidados corporais, hábito exploratório, vocalização, interações agonísticas, interações pacíficas, reprodução etc. Apesar de ter uma boa intenção todos esses comportamentos são baseados no sistema de repetição e, em cativeiro é fato: os animais não conseguem expressar verdadeiramente seus comportamentos,  pois, estão em um ambiente completamente distinto do natural, mas é importante para compreensão dos padrões comportamentais e possivelmente pode ajudar (ou não) na configuração de planos de manejo adequados, como tamanho da área na reserva ou a retirada de rodovias no interior dos parques. A maioria dos estudos  limita-se a uma única espécie, não que seja errado, mas eu na minha humilde opnião acredito que deveriam existir esforços na tentativa de publicação da interação das espécies nos ambientes naturais, porque é a ecologia, a história natural delas que vai definir como protegê-las da extinção. Mas enfim, Serafim!
Alguns sites que são interessantes e eu recomendaria o próprio site da IUCN que está na lista de sites legais aqui do blog e sempre é bom ler as notícias e saber o que está acontecendo com a biodivesidade no Brasil e no Mundo, o site do Renctas, do projeto Felinos do Aguai, o site  Biodiversityreporting. Claro sem contar os sites de busca de artigos científicos, em relação a esses eu tenho uma dica, busquem revisões, antes de procurar algo específico entenda o contexto global e revisão é o canal com certeza!
Bom por enquanto é isso,
bjus e xauxau.



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