domingo, 26 de setembro de 2010

Mata Atlântica [3]

Desculpem minha ausência nesses últimos dias, estive lendo e relendo e analisando dados, mas enfim.... estudar é preciso!
Vocês devem saber que a floresta Atlântica é a segunda maior floresta tropical perdendo apenas para Amazônia, inclusive eu já devo ter escrito isso em algum post aqui no blog, o que talvez vocês não saibam porque eu também não sabia é que a Mata Atlântica é um dos maiores blocos continuos de floresta tropical da América do Sul, em ocorrência e importância.
E para entender melhor sobre o assunto, a gente precisa relembrar um pouco da deriva dos continentes. Pura e deliciosa biogeografia. Vamos lá ;)
O período Jurássico foi marcado pelo aumento significativo dos níveis do mar, as terras baixas foram encobertas pela água dos oceanos e isso resultou na divisão da Pangéia em dois continentes, Laurásia e Gondwana (como mostra a animação ao lado). O clima quente tornou-se mais úmido porque agora a umidade que vinha com as correntes de ar atingia regiões que antes não era possível e isso favoreceu a expansão das florestas. Há muito tempo atrás, cerca de 150 milhões de anos, quando houve a transição do período Jurássico para o Cretáceo a deriva continental começou a separar a América do Sul da África e originou o oceano Atlântico.
Graças as condições geoclimáticas que existiam há aproximdadamente 60 milhões de anos foi possível o estabelicimento e depois a expansão da floresta tropical onde atualmente está a nossa querida mas não tão exuberante (por causa da devastação) Mata Atlântica.
Em tamanho e diversidade biológica a Floresta Amazônica é maior que a Mata Atlântica, no entanto a sua formação é bem mais recente, pasmem: menos de 5 milhões de anos e é bem possível que a Floresta Atlântica tenha servido como uma das principais fontes de flora para a Amazônia (relevo, soerguimento dos Andes etc..
As formações florestais da Floresta Atlântica são basicamente divididas de acordo com critérios específicos como relevo, altitude, clima e assim por diante. Mas apesar da diversidade da composição florística grande parte dos solos que a compõem são de baixa fertilidade relativa, por outro lado esses mesmos solos conseguem mantêr uma floresta rica em diversidade e biomassa. Então como isso seria possível? Caríssimos essa é mágica da natureza que se dá através da decomposição da matéria orgânica. Os nutrientes ficam aderidos ou adsorvidos ao húmus (como os ecólogos gostam de dizer) e são rapidamente absorvidos pelas raízes. Ciclagem de nutrientes, eu acho que aprendi outro nome durante a faculdade que agora não consigo recordar mas enfim, essa "reciclagem" é um dos aspectos mais brilhantes e importantes na manutenção desse bioma.
Embora a natureza tente manter o equilíbrio a ocupação do homem interfere nesse ciclo ecológico e acaba formando as chamadas ilhas de isolamento que são um dos principais fatores para perda de diverdidade biológica e depressão endogâmica. Mas isso é outra história.








 



quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Para descontrair [2]

Contribuição de imagem pelo meu amigo amissíssimo Rodrigo Neher


Estou pobre de tirinhas quem quiser contribuir para o blog, por favor ;)

domingo, 12 de setembro de 2010

A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade.

Bom dia leitores, o título desse post poderia nos render horas e horas de uma discussão holística e embora eu quisesse muito isso, seria inviável pois estamos nesse exato momento física e virtualmente separados.
Já parou para pensar por qual motivo deveríamos preservar ou conservar o meio ambiente? O seu motivo e o meu motivo devem ser muito parecidos, creio que ambos temos consciência ecológica, repúdio pela alienação do consumo e somos apaixonados pela vida selvagem (entenda-se "selvagem" como "silvestre ou não domesticado"). E o motivo dos outros? Se vocês têm observado a propaganda eleitoral, volta e meia os candidatos remetem-se ao termo desenvolvimento sustentável
Durante a universidade de tanto ouvir falar nesse termo eu decorei a definição: desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações.
Pois ao que me parece muitos desses candidatos não fazem idéia do que eles estão dizendo.
Dia 09 de setembro (quinta-feira passada) a ONU divulgou o relatório da TEEB “The Economics of Ecosystems and Biodiversity” (título do post). O lançamento ocorreu aqui em Curitiba, e simultaneamente, na Bélgica, na Índia, no Japão e na África do Sul.
Segundo o economista indiano Pavan Sukhdev o custo investido em favor da proteção de áreas naturais pode gerar muitos benefícios econômicos. O projeto foi dividido em fases. A primeira fase foi centralizada em ambientes florestais e de acordo com o estudo realizado verificou-se que as perdas associadas a esses ecossistemas equivalem a algo em torno de três trilhões de dólares. Nem sei quanto isso significa, mas eu imagino que seja muita grana.
Os benefícios que a natureza oferece são incalculáveis, pois suprem nossas necessidades básicas desde a alimentação, água, matérias primas, medicamentos etc. até as atividades de recreação e lazer. Muita gente busca na natureza realização espiritual.
Países em desenvolvimento como o Brasil concentram grande parte da sua economia em torno da agricultura e produção de alimentos, não to dizendo que a indústria não gere receita. Mas se a gente analisar com cuidado vai perceber que TODA NOSSA FONTE DE RENDA É ORIUNDA DA EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS.
Não seria sensato que as políticas públicas realmente tivessem planos reais e comprometidos com os serviços ambientais e com gestão de recursos naturais? Poxa, no Brasil somente 49,44% dos domicílios tem saneamento básico. Na região metropolitana de Curitiba somente 43,4% das casas tem acesso a rede de esgoto. Só para citar uma necessidade básica da população (dados da Fundação Getúlio Vargas), que tipo de gestão pública de desenvolvimento sustentável nossos governantes tanto falam?
Um exemplo de investimento que trouxe benefícios diretos ocorreu no Vietnã, o governo investiu 1.1 milhões de dólares na proteção de 12.000 hectares de manguezais e economizou 7.3 milhões de dólares na manutenção de diques. Isso para mim é desenvolvimento sustentável, substituir usinas termoelétricas e hidrelétricas por energia eólica e solar para mim é ter um plano de economia sustentável.
Combater o aquecimento global diminuindo o desmatamento é ser sustentável, porque milhares de famílias dependem dos recursos florestais para sua subsistência.
Economizar água em quanto a gente lava as mãos, escova os dentes, reutilizar águas para lavagem de calçadas, do carro, apagar a luz ao sair de um ambiente, trocar as lâmpadas incadescentes, usar o transporte público, andar de bicicleta etc. Tudo isso é valido, mas não pense que são gestos altruístas que estamos fazendo, essa é nossa obrigação. Além de economizar dinheiro na maioria das vezes essas atitudes contribuem para manutenção da nossa qualidade de vida. 
Mas quem vai administrar nossos recursos naturais são aquelas pessoas que a gente vai eleger. Quem vai determinar a área de proteção do entorno das nascentes ou vai fazer um projeto de lei para mudar o código florestal são os nossos representantes no governo. E isso com o perdão da palavra é FODA.
Bom caro leitor eleitor pense com bastante cuidado ao ir às urnas esse ano. Investir em políticas públicas de desenvolvimento também é da sua responsabilidade.
Um beijão e até  ;)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ô bicho lindo =)

O título original era para ser "nós (ainda) temos a suçuarana" mas eu achei muito dramático. Mas enfim, caríssimos leitores, tudo bem?
Vocês sabiam que a patologia foi minha segunda opção? Pois é, a primeira opção tinha sido mastozoologia, mas não consegui um orientador que trabalhasse aqui em Curitiba com conservação e grandes mamíferos. Aí aos poucos a ecologia foi se afastando, dando lugar a ambientes mais inóspitos como o estresse oxidativo e às doenças degenerativas. Às vezes isso me deixa bastante melancólica. 
Mas eu vim aqui para escrever sobre a suçuarana e não para reclamar.
O nome de batismo da nossa "onça-parda" é Puma concolor (Linnaeus, 1771). Tem ampla distribuição nas Américas da região oeste do Canadá até a Patagônia. No Brasil ocorre em todos os estados. O fato dela estar distribuída em todos os estados não a torna menos vulnerável a extinção. 
A suçuarana  é o segundo maior felino do Brasil, perde só para onça-pintada (Panthera onca, por sinal belíssima). Uma vez o professor Maurício Savi disse que o urro de uma onça-pintada é um alerta, porque ela realmente é um animal que impõe respeito mesmo, ele dizia que quando você ouve esse "brado retumbante" você tem duas alternativas: correr ou correr mais que a pessoa que esteja do seu lado. O problema da onça-parda é que você não tem muita alternativa no quesito correr, porque diferente da pintada a parda não avisa, porque ela não urra. Na verdade ela até atrai, porque o som que ela produz é semelhante aquele que a gente ouve do gato doméstico. Contudo, fica a dica, na floresta não tem gato doméstico.
A sua pelagem  pode variar do amarelo claro ao avermelhado, possui uma pequena cabeça quando comparada ao resto do corpo e tem um focinho rosado e os olhos bem claros.A "suçu" delimita grandes territórios para sua alimentação e reprodução, que são marcados através arranhões no solo, nas árvores, marcações com xixi e através de sinais sonoros. Apesar de ter um rosto muito dócil, tem um padrão social solitário, embora os machos costumam ter um harém de fêmeas (típico). É um felino de hábito preferencialmente noturno. Contudo durante o dia possui uma vida relativamente ativa. 
Exímio predador, alimenta-se de roedores, pequenos mamíferos, cervos, ovelhas e até veados. 
O período de gestação pode variar entre 82 e 96 dias. Os filhotes permanecem com a mãe por cerca de 1 ano e meio. 
Com certeza a principal ameaça à onça parda é a redução do habitat. A caça também representa um problema. Para que haja uma preservação da espécie é necessário que os ecossistemas também sejam preservados e aqui senhores existe um problema sério no nosso país. Cada dia a diminuição do habitat condena mais e mais espécies.





Ficha técnica:
Habitat: florestas, cerrado, pantanal e a caatinga;
Hábito: Noturno;
Longevidade: até 20 anos em cativeiro;
Tamanho: 1,70 a 2,20 m;
Peso: 40 a 70 kg (depende se for macho ou fêmea);
Categoria de Ameaça: Vulnerável
Causas de extinção: caça e redução de habitat.



Esse video eu peguei no youtube mas o site original com outros videos incríveis é esse aqui untamed amazonia, espero que vocês assistam e gostem.
um abração  ;)

sábado, 4 de setembro de 2010

Predadores em desequilíbrio RRAAARRR

Esses dias assisti um documentário (Discovery Channel) sobre os predadores da natureza. Esteticamente muito bonito, cheio de glamour mas com pouco conteúdo didático.
Para gente entender um pouco como funcionam as relações ecológicas a gente precisa definir alguns conceitos básicos mas de extrema importância.
As interações competitivas que ocorrem no ambiente nem sempre são diretas, normalmente são até bem sutis e elas podem ser mediadas ou limitadas de acordo com a disponibilidade de um dado recurso. No caso da Predação essa é uma interação ecológica evidente. Muitas pessoas conseguem visualizar essa relação quando pensam em grandes animais da savana, um exemplo clássico seria: um leão caçando uma zebra. Mas se você analisar mais cuidadosamente existem exemplos menos "orgásticos" (RRAAARR). Vejam o exemplo de Hopkinsia rosacea, é uma espécie de Nudibranchia (subordem de Opisthobranchia) um pequeno gastrópode marinho que possui as brânquias descobertas, daí o nome. As espécies que pertencem a essa subordem são coloridas, delicadas e apresentam um apetite voraz, são carnívoros como a maioria dos predadores, e levam a sério a "lei da selvageria" podendo hora estar atuando com o predadores ou hora servindo de presas para outros animais.
Mas é fato, existe um equilíbrio dinâmico nos ecossitemas que é dado por atributos bem específicos (taxa de mortalidade, natalidade, emigração, imigração e densidade populacional)  e a predação, muito embora pareça algo dramático, é na verdade um eficaz controle de animais e plantas, sendo um fator limitante do crescimento das populações.
Você conhece a Lycosa erythrognatha? Pois é, quem mora em grandes centros urbanos talvez não conheça essa espécie de tarântula, ela é uma aranha comum de jardim, uma predadora natural. Algumas pessoas podem ter aversão, outras podem ter medo e existem aquelas pessoas que possuem grande admiração por aracnídeos. Independente de qual tipo de pessoa você seja, durante o verão você provavelmente deve detestar moscas e mosquitos que infernizam e colonizam as nossas casas durante a estação mais quente do ano, esse problema é causado entre outras coisas pela diminuição de Lycosa nos nossos quintais, pois essa aranha desempenha um papel importante no controle de insetos e outros artrópodes, ela não faz teias e não costuma habitar interiores de casa então não precisa ter medo ou matar caso você encontre uma no seu caminho, porque ela não é venenosa e usa folhas secas para construir seus ninhos. O problema é: as pessoas passaram a ocupar todos os espacinhos de terra e não deixaram espaço para o quintal e as aranhas de jardim foram naturalmente desaparecendo, ficando apenas as indesejáveis aranhas-marrom.
Apesar de possuir imagens belíssimas de predadores em ação, às vezes os documentários deixam meio à desejar quanto ao contexto ecológico. O controle biológico é essencial para a biodiversidade, pois se uma espécie cresce descontroladamente causa um desequilíbrio produzindo um efeito dominó, e toda vez que o habitat é modificado pela ação do homem esse efeito é maximizado. Como não poderia deixar de falar a mudança climática pode ser um dos principais motores de extinção global de espécies, pois ela afeta desde os níveis tróficos mais basais até o topo da cadeia onde estão os grandes predadores. Para a preservação da biodiversidade é insuficiente considerar apenas a dinâmicas de espécies individuais e por esse motivo é tão importante conhecer as relações ecológicas, por mais ultrapassado que isso possa parecer a natureza é uma rede interligada e cada ponto tem um papel fundamental para o equilíbrio global do sistema.
Só relembrando que esse ano é o Ano Internacional da Biodiversidade e nas universidades estão rolando ciclos de palestras com muita informação de qualidade, desligue e a TV e vai assistir a um simpósio.
=)
bjos e xauxau
Parabéns para minha amiga Thayse Toth (bióloga) que teve seu filhinho ontem no dia do biólogo as 9h da manhã! O pequeno rebento escolheu um dia especial, com muito sol e cheio de energia positivas para nascer! E como a gente sempre espera deixar um mundo bom para as crianças, eu acho que os pais devem deixar crianças boas pro mundo, bem-vindo Caue.

Biólogo não come, degusta.
Biólogo não cheira, olfata.
Biólogo não toca, tateia.
Biólogo não respira, quebra carboidratos.
Biólogo não tem depressão, tem disfunção no hipotálamo.
Biólogo não admira a natureza, analisa o ecossistema.
Biólogo não elogia, descreve processos.
Biólogo não tem reflexos, tem mensagem neurotransmitida involuntária.
Biólogo não facilita discussões, catalisa substratos.
Biólogo não transa, copula.
Biólogo não admite algo sem resposta, diz que é hereditário.
Biólogo não fala, coordena vibrações nas cordas vocais.
Biólogo não pensa, faz sinapses.
Biólogo não toma susto, recebe resposta galvânica incoerente.
Biólogo não chora, produz secreções lacrimais.
Biólogo não espera retorno de chamadas, espera feed backs.
Biólogo não se apaixona, sofre reações químicas.
Biólogo não perde energia, gasta ATP.
Biólogo não divide, faz meioses.
Biólogo não faz mudanças, processa evoluções.
Biólogo não falece, tem morte histológica.
Biólogo não se desprende do espírito, transforma sua energia.
Biólogo não deixa filhos, apresenta sucesso reprodutivo.
Biólogo não deixa herança, deixa pool gênico.
Biólogo não tem inventário, tem hereditário.
Biólogo não deixa herdeiros ricos, pois seu valor é por peso vivo.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Parabéns Biólogos

No dia 03 de setembro em 1979, foi implementada a Lei 6.684 que regulamentou a profissão de Biólogo. Uma conquista muito importante para toda a HUMANIDADE, porque nós Biólogos fazemos a diferença no mundo! Olha só quanta gente que faz do mundo um lugar melhor.

Jean Louis Rodolphe Agassiz, (1807-1873), zoólogo suiço. David Attenborough, (1926-), biólogo e antropólogo inglês.
Joseph Banks, (1743-1820), botânico. Anton de Bary, (1831-1888), cirurgião, botânico, microbiólogo. Patrick Bateson, biólogo. Gaspard Bauhin, biólogo. Charles William Beebe, (1877-1962), biólogo. Günter Blobel, alemão, biólogo e Prémio Nobel

Stephen L. Buchmann. Rachel Carson, (1907-1964), bióloga, autora do livro Silent Spring . Min Chueh Chang, biólogo. Jacques Cousteau, biólogo marinho e explorador francês. Leon Croizat, (1894-1982), biólogo italiano (botânico), fundador da panbiogeografia. Charles Robert Darwin , (1809-1882),naturalista britânico. Cleveland P. Hickman, biólogo, autor do livro Princípios Integrados de Zoologia.

Sylvia Earle, bióloga.

Paul Ehrlich, (1854-1915), alemão, entomologista, Prémio Nobel.

Johann Friedrich von Eschscholtz, alemão, biólogo e explorador.

R. A. Fisher, (1890-1962), inglês, biólogo e estatístico, um dos fundadores da Genética populacional.

E.B. Ford (1901-1988) inglês, geneticista.

Dian Fossey, (1932-1985), zoólogo.

Elias Magnus Fries, (1794-1878), um dos fundadores da moderna taxonomia dos cogumelos.

Rosalind Franklin, (1920-1958), físico-química e cristalógrafa, contribuidora para o entendimento da estrutura do carvão e do grafite, para pesquisa da estrutura do ADN, e vírus.

Johann Wolfgang von Goethe, (1749-1832), (part-time)

Jane Goodall, (1934- ), zoólogo norte americano

Stephen Jay Gould, (1941-2002), paleontólogo norte americano

Susan Greenfield,(1950-), química, bióloga e neurocientista britânica.

Pavel Groselj, (1883-1940), biólogo e beletrista.

Gregor Johann Mendel ,(1822-1884) ,botânico.

Ernst Haeckel (1834-1919), naturalista

J. B. S. Haldane (1892-1964), biólogo

William Donald Hamilton (1936-2000), inglês, biólogo.

Willi Hennig (1913-1976), alemão, biólogo, fundador da cladística.

Robert Hooke (1635-1703), inglês.

Sarah Blaffer Hrdy, biólogo.

Thomas Henry Huxley (1825-1895), inglês, cientista.

Libbie Hyman (1888-1969), zoólogo.

James Watson biólogo - Descobridor da dupla hélice.

Silvia Daniéle Rodrigues (1982- XX) Bióloga





quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A crise do Krill

Caríssimos,vocês sabem o que é um Krill?
Muita gente não sabe, mas o Krill é um tipo de zooplâncton muito importante para o equilíbrio da cadeia alimentar marítima, porque ele está lá na base, no início, e se a base não está bem o resto também não estará. Para ajudar o raciocínio imaginem um amontoado de pecinhas LEGO® e com elas você vai construir uma torre alta, muito alta mesmo, se a base da sua torre não for larga o suficiente, conforme ela for atingindo níveis de altura a tendência será ela desequilibrar e a cada pecinha adicionada haverá uma forte chance dela se desmontar.
Bem na natureza não é muito diferente disso. Especialistas alertam que o rápido crescimento da pesca somado às alterações ambientais podem em breve colocar em perigo o Krill antártico (Euphausia superba),  e com isso colocar em risco diversas espécies de peixes e mamíferos daquele mar. Porque a alterção da população desses animais causa uma alteração na cadeia trófica daquela região. Mas aí alguém pode pensar, tá mais por quê esse bichinho é tão importante?
O Krill na verdade não é um animal e sim um conjunto de invertebrados crustáceos parecidos com o camarão.  São uma rica e poderosa fonte proteica e talvez por isso seja o prato preferido para as baleias. São animais bioluminescentes (que lindo, lindo mesmo). Esses pequenos invertebrados vivem em grupos atingindo densidades de 10 000 a 30 000 indivíduos por metro cúbico, formando bancos de biomassa. Durante a noite os bancos de Krill parecem enormes manchas luminosas (por causa da bioluminescência) na superfície do mar e acabam atraindo aves oceânicas.
Aqui tem uma imagem de Euphausia superba.