terça-feira, 24 de novembro de 2009

Kynyongia magomberae

Assim foi batizada uma nova espécie de camelão encontrada na Tanzânia. A notícia foi publicada ontem na página da Universidade de York. O pesquisador responsável pela equipe científica que estava em  campo, Andrew Marshall,  encontrou o animal por acaso, segundo ele uma cobra estava comendo o bichinho quando eles a avistaram e ela cuspiu fora o camaleãozinho que ainda estava vivo.
A espécie coletada foi comparada com outras duas encontradas na mesma região, em local próximo aquele onde foi encontrado o camaleão, e então descobriram que tratava-se de uma espécie nova e batizaram com o nome Kynyongia magomberae. em homenagem a floresta Mamgobera.
Recém descoberto o animalzinho já encontra-se em ameaça de extinção, isso porque os camaleões habitam áreas pequenas mas com características específicas e, a floresta de Mamgobera é um ambiente ameaçado e segundo o pesquisador talvez essa nova descoberta seja um estímulo a preservação do ambiente através de educação ambiental com a comunidade local e, de políticas de desenvolvimento sustentável, uma vez que a floresta é um recurso importante tanto para humanos quanto para as formas de vida selvagem.
Eu enviei um email ao autor (que é um gatinho) pedindo claro a sua publicação e, se ele puder enviar eu atualizo a notícia com um post mais específico, para quem tiver interesse em herpetologia pode acessar o site da revista: African Journal Herpetology, no portal da Capes não consta esse periódico =/
Beijos a todos tchau tchau o/

domingo, 22 de novembro de 2009

Lobo Guará

O Lobo Guará (Chrysocyon brachyurus,  Llliger, 1815) pertence à classe Mamalia ordem carnivora e a família canidae. Possuí distribuição no Pantanal, Campos Sulinos, Caatinga, Mata Atlântica e principalmente no Cerrado brasileiro, embora seja encontrado na Bolívia, Argentina, Paraguai e Uruguai (uma das espécies mais belas e mais populares de canídeos) encontra-se na lista de espécies ameaçadas, pela ICUN a categoria de ameaça classificada é de vulnerável (VU) e pelo IBAMA é classificada como criticamente em perigo.
De hábito predominantemente noturno e/ou crepuscular, pode viver até 13 anos (se não topar com carro no meio da auto estrada), possuí uma pelagem avermelhada característica com manchas esbranquiçadas na porção interna da orelha, cauda e garganta, já o focinho, os membros e o dorso são bem pretinhos (lembra uma raposa, mas muito maior). Possuí tamanho de 95-115 cm (extensão de corpo) e 38-50 cm (cauda). Suas pernas longas variam de 80 a 100 cm de comprimento.
Seus hábitos são solitários, formam casais apenas durante a época de reprodução. Alimentam-se de pequenos mamíferos, aves répteis, insetos, moluscos e frutos. Apesar de terem hábitos onívoros percorrem grandes extensões em busca de alimento, chegando a deslocarem-se até 15 Km em linha reta. Necessitam de uma grande área para reprodução e sobrevivência.
A principal ameaça ao lobo guará provém da alteração, destruição e fragmentação de seu habitat natural, principalmente pela ocupação das cidades e pela conversão de terras para a agricultura e pecuária extensiva. Isso sem contar a depressão endogâmica que pode afetar e muito o processo evolutivo da espécie levando-a a extinção.



Ficha técnica:
Nome comum: Lobo vermelho
Nome em inglês: Maned Wolf
Distribuição mundial: Brasil, Paraguai, Peru, Bolívia, Uruguai
Distribuição no Brasil: do RS até o PA e Maranhão.
Causas de extinção: abate por tiro, redução e destruição de habitat.




Para quem quiser saber maiores informções a respeito, acesse o site http://www.procarnivoros.org.br/
Literatura consultada:
BRUNO, S. F. 100 Aanimais ameaçados de extinção no Brasil. E o que você pode fazer para evitar. São Paulo. Ediouro, 2008.
BUENO, A. A.; BELENTANI, S. C. S.; MOTA-JUNIOR, J.C. Feeding Ecology of the maned wolf, Chrysocyon brachyurus (ILLIGER, 1815). (MAMMALIA: CANIDAE), in the ecological station of Itirapina, São Paulo State, Brazil. Biota Neotropica. V2, n2, 1-9.

Beijos e boa semana criançada!

sábado, 14 de novembro de 2009

Dinossauros Homeotérmicos?

Tudo indica que sim, talvez não todos mas, alguns estudos tem demonstrado a possobilidade de algumas linhagens de répteis pré-históricos possuírem uma característica homeotérmica ou ainda uma associação de ectotermia e homeotermia. É sem dúvida uma viagem muito louca, mas também muito interessante.
Essa semana foi publicado um artigo cujo título é no mínimo curioso, mas quando você lê faz sentido: "Biomechanics of Running Indicates Endothermy in Bipedal Dinosaurs" do pesquisador Herman Pontzer e colaboradores.
Resumo da ópera foi o seguinte: eles avaliaram a fisiologia metabólica de dinossauros extintos, através do estudo de comparação de taxas metabólicas de consumo de oxigênio durante a caminhada e corrida e potência aeróbica máxima  de dinossauros bípedes extintos com a utilização de dois métodos recentemente desenvolvidos que liga a anatomia de locomoção para caminhar e correr para estimar o custo de locomoção taxas metabólicas para os dinossauros. Eles fizeream uma comparação da caminhada a pé e lenta velocidade de marcha moderada aeróbia sustentável na maioria dos amniotas modernos, dessa forma a ectotermia de espécies extintas seriam apoiados se os seus custos de locomoção previstos a estas velocidades moderadas caisse dentro da capacidade aeróbia em que vivem os animais ectotérmicos. Contudo, se a potência aeróbia necessária para caminhada e corrida lenta nestas espécies extintas é prevista para exceder a potência aeróbica máxima para os animais ectotérmicos, nesse caso a hipótese de que pelo menos alguns animais bípedes eram homeotermicos seria sustentada.
É muito interessante e é uma leitura bem rapidinha.
E e mais legal o download do pdf é gratuito, é só visitar o site PlusOne e procurar pelo título ou autor!
abraços a todos ;)





domingo, 8 de novembro de 2009

CETAS [2]

Eu selecionei essa pequena reportagem do Jornal Futura que fala um pouquinho sobre o funcionamento do CETAS do Paraná.
Olha que judiaria!

sábado, 7 de novembro de 2009

CETAS

Um CETAS ou Centro de Triagem de Animais Silvestres tem por finalidade recepcionar, triar e tratar animais silvestres apreendidos ou resgatados (IBAMA). Os profissionais qualificados a trabalhar em um CETAS e que eventualmente compõe o quadro funcional desse estabelecimento são basicamente compostos por um médico-veterinário, um biólogo e tratadores, não necessariamente nessa ordem de importância. Normalmente os CETAS são financiados por agências do governo contando com o auxílio de pessoas jurídicas.
Mas na prática os CETAS desenvolvem um papel muito além desses acima citados, participando como instrumento auxiliar ao combate ao tráfico de animais silvestres. Estima-se que cerca de 38 milhões de animais silvestres são retirados do seu habitat por ano, seria triste se não fosse crime, mas sim, essa saída é criminosa, mas como todos sabem as leis no Brasil são flexíveis e a fiscalização é quase nula se comparamos número de fiscais vs. extensão territorial.
Desses 38 milhões de animais apreendidos apenas 40 mil são de fato reintroduzidos na natureza, muitas vezes em estado não apropriedado, os demais muitas vezes não possuem condições de sobrevivência, não se adaptam em cativeiro, ficam muito debilitados, deprimidos e, infelizmente acabam morrendo.
Durante a captura e transporte ilegal feitos pelo tráfico, os animais sofrem os mais variados tipos de tortura e mutilações, filhotes de aves são colocados dezenas ou até centenas em tubos de pvc sem o mínimo de higiene ou ventilação, a maioria morre antes de chegar ao local de destino.
Além de receber animais vindos do tráfico ou de famílias que domesticam animais silvestres, os CETAS ainda recebem animais que são levados pela população que chegaram de áreas em que seus habitats foram reduzidos ou modificados. Um exemplo disso que eu estou dizendo ocorre com as preguiças recebidas pelo Ibama, muitas chegam com machucados profundos na pele resultado de queimaduras feitas por cercas elétricas e/ou fraturas devido a atropelamentos. É lamentável que com tanta informação pouca coisa seja feita pela proteção da nossa fauna que está extremamente ameaçada.
O Ibama recentemente autorizou a implantação de um Centro de Triagem de Animais Silvestres no campus de Toledo da Universidade PUC-PR, a instituição tbém administra outro CETAS em Tijucas do Sul. Mas isso é outra história.

Existe um canal direto com o Ibama onde vc pode denunciar irregularidades : Linha Verde do Ibama: 0800-61-8080

domingo, 1 de novembro de 2009

Novo Código Ambiental

Tramita (há mais ou menos 10 anos) no Congresso Nacional um Projeto de Lei que visa a substituição do Código Florestal, em vigor desde 1965. Segundo esse novo código, o Estado passa a ter controle sobre o zoneamento econômico/ecológico podendo determinar as áreas para plantio e à preservação de acordo com as necessidades e características regionais.
É necessário entender que a proposta do novo código foi feita pela bancada ruralista (espertinhos) que reivindica uma maior flexibilidade das regras vigente deixando-as menos rígidas ("sacou?"). O governador do Estado de Santa Catarina, sim aquele Estado que ficou de baixo d'água por vários dias por causa da falta de cobertura vegetal e plantação de pinus, sancionou o novo código ambiental em Santa Catarina sob a óptica de "adequação da legislação à realidade".
O debate a respeito da revisão do Código Florestal seria algo bom para o país e para o meio ambiente se não fosse utilizado como objeto de campanha eleitoreira, a proposta chega a ser repulsiva, nesse PL a bancada ruralista pede anistia das multas por desmatamento ilegal que chegam a mais de 35 milhões de hectares e, não é só isso além de pedir para tirar o nome da lista dos inadimplentes eles ainda pedem a dispensa da recomposição da área degradada (eu disse que era repulsivo).
O debate central a cerca do Código Florestal e do "novo" código ambiental é essencialmente: a Reserva Legal e as Florestas e outras formas de vegetação natural de Preservação Permanente e suas respectivas Áreas de Preservação Permanente.
O Código Florestal de 1934 tinha como cerne considerar as florestas existentes em território nacional como "bem" de interesse comum a todos os habitantes do país, em outras palavras, existia desde aquela época, quando ainda ninguém perdia o sono pelas mudanças climáticas ou enchentes em Santa Catarina, uma preocupação com o desmatamento que vinha crescendo a cada dia. Em 1965, foi elaborada uma proposta para normatização e proteção jurídica do patrimônio florestal nela ficou evidente que as florestas naturais não pertencem a ninguém ou melhor pertencem a todos os habitantes do país e, somente florestas plantadas podem ser utilizadas de acordo com a vontade do proprietário, pois bem, isso indica uma preocupação não apenas com a parte vegetacional das florestas, o Código Florestal de 65 teve por objetivo também proteger os solos e reservatórios de água, uma vez que, florestas em sucessão ou estágio de regeneração são protegidas pelo Poder Público, segundo esse mesmo código "todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado", por mais criticado que esse código seja ou tenha sido ele é essencial para a proteção da cobertura vegetal nacional.
Seria um retrocesso aceitar esse novo código, o Brasil vêm discutindo o compromisso com a redução do desmatamento e diminuição dos gases causadores do efeito  estufa mas, se aprovado esse novo código permitirá a redução dos limites da mata ciliar. Propriedades maiores que 50 hectares poderão reduzir a mata ciliar de 30 metros para 10 metros e propriedades com menos de 50 hectares poderão reduzir a mata ciliar de 30 para 5 metros, além da criação de um fundo de compensação ambiental.
Para quem tiver interesse em maiores informações sobre o conteúdo do Código Florestal pode acessar o link Código Florestal Brasileiro .
Fique de olho, tem gente querendo enganar a gente!