sábado, 15 de maio de 2010

Incêndio no Instituto Butantan

Hoje pela manhã um incêndio ocorrido no Instituto Butantan colocou fim em uma das maiores coleções de répteis da América do Sul. Cerca de 450 mil exemplares foram consumidos pelas chamas, centenas de espécimes ainda não haviam sido descritas pelos pesquisadores (fonte: O Estado de São Paulo).
O valor histórico cultural perdido nesse desastre e imensurável. O incêndio que começou entre as 7 e 8 horas da manhã desse dia 15 foi contido por volta das 10 horas da manhã e, embora uma equipe especializada tenha tentado contêr o acidente o mais rapidamente possível, ainda assim a perda foi irreparável.
Em ambientes que são depositados coleções científicas costuma haver um sistema de preveção a incêndios, provavelmente o Instituto Butantan não tinha.
As medidas de seguranças normalmente adotadas são:
De prevenção: aqueles que evitam que o incêndio aconteça;
De proteção ou combate: são aqueles adotados quando não foi possível evitar o incêndio. Tais medidas são:

  • Sistema de alarme manual de incêndios (botoeiras) (são aqueles botõezinhos vermelhos protegidos por uma placa de vidro);

  • Sistema de detecção e alarme automáticos de incêndio (detectores de fumaça, temperatura, raios infra-vermelhos);

  • Sistema de combate manual (extintores e hidrantes);

  • Sistema de extinção automático (chuveiros automáticos, sprinkleers e outros sistemas especiais de água ou gases);

  • Sistema de iluminação de emergência;

  • Sistema de controle/exaustão da fumaça.
A ciência é uma das maiores vítimas de incêndios porque a produção científica contida em museus, coleções, instituições dificilmente pode ser recuperada, muitas vezes são exemplares únicos.

Só para citar alguns incêndios históricos:
Biblioteca de Alexandria em 642, continha tratados e estudos de todas as áreas do conhecimento e sua perda é de valor incalculável;
Roma, 64 d.C (acredita-se que tenha sido o próprio Imperador, Nero, que tenha dado início ao incêndio);
Templo de Salomão, Jerusalém, 70 d.C;
Constantinopla, 406 d.C
Londres, 1666. Durou três dias 3 a 5 de setembro e destruiu 13.200 casas, 87 igrejas, a Catedral de St. Paul e 44 prédios públicos;
Palácio dos Estáus, Lisboa, 1836;
Edifício do Reichstag em 27 de fevereiro de 1933, parlamento alemão.
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