Indicação de Mariana Kugler, amiga ;)
assistam pois vale a pena ver
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
Mata Atlântica [2]
Um dos grandes problemas para conservação de um ambiente como esse, é o tipo de estratégia utilizada para conservação e proteção dos fragmentos da floresta.
Os fragmentos de habitats normalmente não conseguem dar suporte às populações de muitas espécies de ocorrência extensa, como é o caso da Harpya que necessita de grandes áreas para sua sobrevivência. os fragmentos de habitat são divergentedo habitat original em dois aspectos distintos, fragmentos de habitat possuem quantidade maior de área de borda por área de habitat e o centro de cada fragmento de habitat fica consequentemente mais próximo a essa borda. A fragmentação muitas vezes limita o potencial de dispersão de espécies e (re)colonização de áreas, isso sem contar na redução da capacidade de alimentação de animais nativos. O microambiente que existe numa borda é muito diferente daquele observado no interior de uma floresta, pois a incidência dos níveis de luz presentes na borda é aumentada e, há aumento também de temperatura e ventos e acontece o inverso com a umidade relativa que caí drasticamente, muitas vezes o efeito de borda pode ser sentido até 500m entrando na floresta.
A criação de unidades de conservação in situ (preservação de comunidades e populações em seus ambientes naturais) é o principal foco dos ambientalistas e das diretrizes para preservação da biodiversidade, mas o que acontece na prática é que nem sempre as áreas protegidas possuem o tamanho suficiente para manutenção de certas espécies. O que tem se falado bastante é sobre o modelo de mosaicos para unidades de conservação que é definido como uso multiplo da terra em uma paisagem manejada que possa permitir o movimento de populações integrando o desenvolvimento sutentável socioambiental, que em outras palavras nada mais é que a implantação de corredores ecológicos, bem questionável.
A iniciativa de algumas ONG's devem ser divulgadas, como por exemplo as ações do Instituto Rã-Bugio que faz um trabalho sério de educação ambiental defendendo as áreas remanescentes da Mata Atlântica, foi fundada pelo casal Elza (uma "japa" muito simpática) e Germano Woehl Jr. A ONG's é patrocinada pela CELESC e a Petrobrás, entre outras.
Dica de leitura:
FERNADÉZ, F. O poema imperfeito : crônicas de biologia, conservação da natureza e seus heróis. Curitiba : Universidade Federal do Paraná, 2000.
URBAN, T. Saudade do matão : relembrando a história da conservação da natureza no Brasil. Curitiba : Universidade Federal do Paraná,1998.
Assista os vídeos:
sábado, 26 de setembro de 2009
Floresta Atlântica!
A Floresta Atlântica ou Mata Atlântica é uma das florestas tropicais mais ameaçadas do planeta. No Brasil foi o bioma que mais sofreu com os impactos ambientais causados pelos ciclos econômicos. Em território nacional possuia inicialmente distribuição geográfica do Ceará ao Rio Grande do Sul. Atualmente sobrou apenas 7% de sua área original e, pasmem, desse montante que restou, praticamente 75% está comprometido e em vias de extinção.
Quando os colonizadores aqui chegaram encontraram uma natureza exuberante, pensavam que era uma fonte de riqueza inesgotável e trataram de explorar seus recursos naturais. Nesse bioma foram desenvolvidos os principais ciclos econômicos, atividades exercidas sem nenhum planejamento ambiental promovido por intenso desmatamento e destruição. A principal ameaça no século XX foi e ainda está sendo no século XXI a urbanização e a expansão agrícola, além da exploração predatória das matas e florestas e de levar praticamente a extinção madeiras de lei como mogno, peroba e cerejeira havia ainda um comércio de peles de animais silvestres sem distinção entre répteis, aves e mamíferos tudo era explorado.
O mapa ao lado mostra a triste realidade brasileira, não resta quase nada desse bioma! A floresta tenta sobreviver as constantes pressões humanas e, mesmo com grandes ameaças à diversidade biológica a Mata Atlântica abriga cerca de 20 mil espécies vegetais e segundo estimativas metade são espécies endêmicas. A fauna da região é impressionante e mais impressionante é a lista de animais em extinção que a região possui, citando alguns: onça-pintada (Panthera onca), tatu-canastra (Priondontes maximus), mico-leão (Leontopithecus sp.). Esse bioma representa sozinho cerca de 15 % de toda a fauna e flora mundial. Composta por uma variedade de formações vegetais, seus remanescentes preservam mananciais hidrícos importantes. A recuperação desse ambiente é um desafio mas é extremamente necessário para a manutenção das atividades que tornam possível a sobrevivência das gerações futuras.
Algumas iniciativas, como o projeto socioambiental Vale do Ribeira, tentam preservar o que resta das matas ciliares mas ainda é pouco. Sem apoio das comunidades e de interesse das políticas públicas pouco poderá ser preservado.
Para preservar um bom começo é conhecer as nossas lideranças e pensar bem em quem iremos eleger para nos representar no congresso federal.
Por quê preservar?
Os micos-leões são primatas de porte pequeno endêmicos da Mata Atlântica, são casais monogâmicos podendo gerar de uma a três filhotes por vez, a família toda cuida dos filhotes! O mico-leão-de-cara-preta foi identificado pela primeira vez em 1990, na região do Superagui, aqui no Paraná, mas já estava em vias de extinção. Existem quatro espécies de micos-leão e todos são naturais do Brasil. são eles:
Mico-Leão-de-Cara-Dourada (Leonpithecus chrysomelas) ocorre no sul da Bahia e nordeste de Minas Gerais;
Mico-Leão-Dourado (Leonpithecus rosalia) encontrado no somente no Rio de Janeiro;
Mico-Leão-Preto (Leonpithecus chrysopygus) ocorre em São Paulo e finalmente,
Mico-Leão-de Cara-Preta (Leonpithecus caissara) encontrado no Paraná e em São Paulo.
Ficha técnica:
Habitat: Mata Atlântica.
Peso: 500 a 700g.
Longevidade: média de 8 a 12 anos.
Tamanho: cabeça e corpo 20 a 33 cm (piquititico), cauda 31 a 40 cm.
Alimentação: frutos, flores, goma, néctar e presas animais, répteis e insetos.
Causas de extinção: redução do habitat e tráfico ilegal de animais silvestres.
sábado, 19 de setembro de 2009
Amazônia
O desmatamento na Amazônia é tão grave que já atingiu 728.526 km² o que equivale em extensão a 17 vezes o estado do Rio de Janeiro, segundo dados do Instituo Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Nas últimas 24 horas (hoje dia 18/09/2009) foram registrados 903 focos de queimadas no território amazônico.
No dia 1º de Setembro o Ministério do Meio Ambiente divulgou que em um ano (entre Agosto de 2008 e Julho de 2009) o desmatamento caiu 46% na Amzônia. No dia 14/09/2009 foram apreendidos 1.600 m³ de madeira ilegal na Floresta Nacional de Caxiuanã, no Pará, haviam maçaramdubas, tauari e angelim uma riqueza insubstituível saindo pelas águas da Orla de Portel. Mas, governo afima que o desmatamento está diminuindo, de fato, se não houver mais vegetação o que haverá para ser desmatado?
Há que se ter fé, segundo o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, na próxima segunda feira será lançada a segunda fase do Programa Áreas Protegidas na Amazônia, que prevê para 2010 aproxidamente 20 milhões de hectares de área protegida o.Õ
Acredite se quiser!
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Ah! o Pantanal!
O Bioma Pantanal ou complexo Pantanal Matogrossense possui uma das mais exuberantes paisagens do mundo! É a maior área úmida do planeta, possuindo aproximadamente 230.000 Km² sendo que 170.000 km² ficam em território nacional e, segundo dados da Unesco é considerado Patrimônio da Humanidade e também a maior Reserva Natural existente.
O Pantanal é uma região de encrave, ou seja, um habitat ilha sem justaposição de ambientes um tipo de mosaico onde se encontram cinco regiões distintas e que tornam o Pantanal um lugar único, são elas: Floresta Amazônica, Cerrado,Caatinga, Mata Atlântica e Chaco.
Os terrenos quase sempre planos da região permitem um fluxo de entrada e saída de cheias que renovam e fertilizam a terra. No período de seca os restos de animais, de vegetação e a mistura com a areia fazem uma explosão de nutrientes essenciais para a fertilidade do solo.
A biodiversidade pantaneira é muito rica! Uma riqueza de mamíferos, répteis, anfíbios, peixes e insetos que são essenciais para o equilíbrio do Bioma, o maior felino brasileiro a onça-pintada é encontrada naquela região, mas é possível encontrar antas, jaguatiricas, gatos-do-mato, o cachorro-vinagre, lobo-guará, tamanduás-bandeira e tamanduás-mirins, caxinguelês, quatis, cotias, pacas, lagartos, tatus, porcos-do-mato, queixadas e as ariranhas, marsupiais, morcegos, rato-do-cerrado e, claro, macacos, principalmente bugios, macacos-pregos e sagüis e mais uma infinidade de animais não citados aqui.
Porém, esse bioma está fortemente ameaçado (como toda a natureza nacional) pela pecuária, caça predatória, pesca esportiva e profissional, agricultura e falta de interesse político.
Assistam vale a pena!
sábado, 5 de setembro de 2009
Caatinga
De origem indígena (Tupi-Guarani) o nome caatinga quer dizer "mata branca". Este bioma ocupa 7% do território brasileiro estendendo-se pelos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia e norte de Minas Gerais. É exclusivamente brasileiro, ou seja, as espécies de fauna e flora presentes nesse bioma não serão encontradas em nunhuma outra parte do mundo, não de maneira natural.
É uma região de clima semi-árido, possui temperatura média de 27ºC durante o ano com amplitude máxima de 5ºC, o índice pluviométrico é muito reduzido em torno de 500 a 700 mm, muito baixo comparado às regiões sudeste e sul do país 1500-2000 mm por ano, compondo o cenário ventos fortes que contribuem para fisionomia desértica característica da Região Nordeste do país, possui o solo raso e pedrogoso e a vegetação permanece verde apenas no inverno.
A vegetação da Caatinga é muito diversificada, muitas plantas possuem adaptações às condições desse bioma, algumas plantas armazenam água, como cactos; outras possuem raízes rasteiras superficiais a fim de absorver o máximo de água, uma vez que, o solo não permite apronfudamento devido a suas características geomorfológicas. A formação característica é a arbustiva lenhosa e, herbáceas de pequeno porte e com modificações nos troncos que podem conter espinhos ou serem torcidos. Estudos na região indicaram que cerca de 600 espécies arbóreas foram registradas sendo 180 espécies endêmicas.
Quanto ao potencial faunístico na Caatinga os mamíferos são em sua maioria roedores e, animais de pequeno porte. Normalmente as espécies possuem hábitos migratórios ou, hábitos noturnos evitando o gasto de energia durante o dia que tende a ser muito alto. Felinos, herbívoros de porte médio já constam como desaparecidas ou outras em vias de extinção como é o caso da ararinha azul que sofre com a caça predatória e destruição do seu habitat natural.
Arara-Azul-de-Lear (Anadorhynchus leari, Bonaparte 1857)
Nome comum: Arara-azul-pequena
Distribuição: espécie endêmica do Brasil, sertão da Bahia, em municipios como Canudos, Euclides da Cunha e Jeremoabo.
Habitat: Caatinga
Hábito : diurno
Longevidade: não há registros
Tamanho: 71 cm
Peso: 940g
Alimentação: frutas e sementes, especialmente cocos de palmeiras
Causas de extinção: destruição do habitat, tráfico de aves silvestres
Categoria de ameaça: criticamente em perigo.
Acesse e saiba mais:
projeto arara zulproaves
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
O Cerrado
O Bioma Cerrado é a versão brasileira da savana africana. Ocupa aproximadamente 24% do território nacional e é a segunda formação vegetal do país, sendo superada apenas pela floresta amazônica. Possuia incialmente cerca de dois milhões de quilômetros quadrados, estendendo-se pelos estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins e relictos em outros seis estados.
Considerado um Hotspot mundial de diversidade biológica , caracteriza-se por possuir diferentes paisagens as quais tiveram origens a partir de fatores determinantes como a formação geológica, fatores ecológicos e variações locais. As paisagens vão do cerradão- formação vegetal com árvores altas esclerofilas e xeromórifcas; seguindo ao longo dos rios encontra-se a mata ciliar ou mata de galeria- formando corredores fechados (daí o nome)- sobre o curso de água, pode ser inundável ou não inundável e finalmente, os campos do cerrado ou Mata seca com árvores baixas e esparsas, podendo ser dividida em três subtipos: Mata Seca Sempre-Verde, Mata Seca Semidecídua e Mata Seca Decídua. A decomposição das folhas que caem sobre o solo contribui para a ciclagem de nutrientes.
As nascentes dos dois principais rios da bacia Amazônica favorecem a manutenção da biodiversidade.
Infelizmente, apenas pouco mais de 19% do cerrado ainda possui a vegetação original. Um dos impactos ambientais mais significativos foi causado por garimpos, que contaminaram com mercúrio os leitos de rios da região e provocaram um grave assoreamento dos cursos de água. A expansão agropecuária atualmente oferece o maior risco para a sobrevivência desse importantíssimo bioma. O desmatamento provocado por essa atividade econômica e por outras como caça esportiva e predatória, contrabando de animais, produção de carvão vegetal, monoculturas é assutador chegando a três milhões de hectares por ano.
A diversidade da fauna presente no Cerrado é muito expressiva a composição é feita por répteis, anfíbios, insetos, peixes, aves e mamíferos sendo que a última possuí 194 espécies sendo 18 exclusivamente do cerrado, ou seja, endêmicas. Muitas espécies presentes no Cerrado estão presentes também na lista de animais ameaçados de extinção. Como por exemplo o cachorro vinagre que foi pouco estudado e já está presente na lista vermelha.
Quer saber mais?
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