domingo, 27 de setembro de 2009

Mata Atlântica [2]

Um dos grandes problemas para conservação de um ambiente como esse, é o tipo de estratégia utilizada para conservação e proteção dos fragmentos da floresta.
Os fragmentos de habitats normalmente não conseguem dar suporte às populações de muitas espécies de ocorrência extensa, como é o caso da Harpya que necessita de grandes áreas para sua sobrevivência. os fragmentos de habitat são divergentedo habitat original em dois aspectos distintos, fragmentos de habitat possuem quantidade maior de área de borda por área de habitat e o centro de cada fragmento de habitat fica consequentemente mais próximo a essa borda. A fragmentação muitas vezes limita o potencial de dispersão de espécies e (re)colonização de áreas, isso sem contar na redução da capacidade de alimentação de animais nativos. O microambiente que existe numa borda é muito diferente daquele observado no interior de uma floresta, pois a incidência dos níveis de luz presentes na borda é aumentada e, há aumento também de temperatura  e ventos e acontece o inverso com a umidade relativa que caí drasticamente, muitas vezes o efeito de borda pode ser sentido até 500m entrando na floresta.
A criação de unidades de conservação in situ (preservação de comunidades e populações em seus ambientes naturais) é o principal foco dos ambientalistas e das diretrizes para preservação da biodiversidade, mas o que acontece na prática é que nem sempre as áreas protegidas possuem o tamanho suficiente para manutenção de certas espécies. O que tem se falado bastante é sobre o modelo de mosaicos para unidades de conservação que é definido como uso multiplo da terra em uma paisagem manejada que possa permitir o movimento de populações integrando o desenvolvimento sutentável socioambiental, que em outras palavras nada mais é que a implantação de corredores ecológicos, bem questionável.
A iniciativa de algumas ONG's devem ser divulgadas, como por exemplo as ações do Instituto Rã-Bugio que faz um trabalho sério de educação ambiental defendendo as áreas remanescentes da Mata Atlântica, foi fundada pelo casal Elza (uma "japa" muito simpática) e Germano Woehl Jr. A ONG's é patrocinada pela  CELESC e a Petrobrás, entre outras.

Dica de leitura:
FERNADÉZ, F. O poema imperfeito : crônicas de biologia, conservação da natureza e seus heróis. Curitiba : Universidade Federal do Paraná, 2000.
URBAN, T. Saudade do matão : relembrando a história da conservação da natureza no Brasil. Curitiba : Universidade Federal do Paraná,1998.

Assista os vídeos:






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