Sabe quando você tá parado no sol e alguém diz à você: Tá fazendo fotossíntese?
Bom naturalmente você deve rir porque animais vertebrados (e você é um deles) não fazem fotossíntese! Ou será que fazem?
O pesquisador Ryan Kerney da Universidade Dalhousie, em Halifax, Nova Scotia, no Canadá estudando salamandras observou que a coloração típica de Ambystoma maculatum presente desde a fase embrionária na verdade está literalmente DENTRO dos embriões, acontece o mesmo com cápsula gelatinosa que os reveste.
Como isso é possível? Esse é o caso de uma relação simbiótica entre a salamandra e uma alga unicelular Oophila amblystomatis. Calma deixa eu explicar a descoberta não é essa, VICTOR H. HUTCHISON e CARL S. HAMMEN em 1958 publicaram a utilização de oxigênio na relação simbionte entre essa alga e a salamandra manchada, no entanto eles pensavam que a relação ocorria entre o embrião da salamandra e as algas que vivem fora dela. Contudo, as observações de Kerney mudam todo contexto da relação simbionte apresentada ateriormente por Hutchinson e Hammen, o que Kerney propõe através de evidências intracelulares é que as algas estão, geralmente, localizadas no interior das células em todo o corpo manchado das salamandras.
Alguém pode dizer que isso não é fabuloso porque esse fenômeno de co-existência ocorre com até certa frequência em invertebrados, mas o que realmente quebra um paradigma é o fato disso ocorrer em vertebrados. O que é sim extraordinário, uma vez que o sistema imune de vertebrados reconhece como estranho tudo aquilo que não for próprio do organismo, nesse caso o sistema imune pode ter apresentado uma falha no reconhecimento o que permitiu o estabelecimento dessa relação.
A foto abaixo é da salamandra solar e a notícia completa você encontra em Nature News.
John Cancalosi/naturepl.com |
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