sábado, 4 de maio de 2013

Saga por um orientador- Parte I

ATUALIZAÇÃO: FEVEREIRO DE 2019.

A saga em busca de um orientador de Doutorado terminou em 2014 mesmo quando eu passei no processo de seleção de doutoramento na UFPR.
Iniciei meus estudos em 2015. No mesmo ano fui para um estágio nos Estados Unidos onde fiquei 13 meses sendo supervisionada por uma das pesquisadores mais renomadas no estudo de uma via de sinalização chamada KEAP1/NRF2.
Voltei pro Brasil com uma bagagem cheia de conhecimento e muito trabalho para ser posto em ação. Em 2017 fui selecionada para um congresso internacional no estudo de autofagia com tudo pago (yeah!!!!).
Em 2018, meu trabalho de Doutorado foi escolhido como o melhor trabalho apresentado em seminário de duas pós graduações, fechando assim um ciclo de 4 anos de muito estudo e dedicação.
Em 2019, fui selecionada para uma bolsa de pesquisa para o desenvolvimento de um projeto com câncer de próstata e sou a mais nova pesquisadora da Fundação Araucária.
Se alguém estiver lendo isso, deixo aqui meu recado:
Não desista jamais dos seus sonhos, se alguém te disser que vc não é capaz vingue-se dando o seu melhor e colocando paixão em tudo que você faz!
 Beijos :)

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Esses dias eu recebi um email de um visitante elogiando a página aqui do Sublime Biologia, entre outras coisas ele comentou que era uma pena o blog estar desativado. Então, pensando em aproveitar melhor o tempo livre que eu tenho, resolvi compartilhar com vocês minha saga em busca de um Orientador.
Para quem acompanhou a criação desse blog, deve se lembrar que eu o construí ainda durante o período da graduação, no início o blog tinha a intenção de discutir ou apenas informar temas que estivessem relacionados a Biologia da Conservação, com o tempo os assuntos foram ficando mais variados e a ideia inicial transformou-se em um "Bioloblog". 
Terminei a graduação, passei num Programa de Mestrado, concluí um projeto relacionado a estresse oxidativo e doenças degenerativas, publiquei um artigo, dei aulas de biologia e química numa escola pública e então, finalmente arrumei um emprego. 
É claro que entre eu concluir a graduação e arrumar um emprego, três longos e intermináveis anos de estudo, sofrimento e muita dedicação permearam meus dias e noites até chegarmos aqui (dia 04/maio/2013)  no ponto onde eu começo a transformar novamente a cara desse blog.
Para resumo dessa ópera, eu dediquei 6 anos da minha vida ao estudo da Patologia Renal e hoje eu trabalho no Laboratório de Imunologia de Transplantes com adivinha o que? Com RINS!!!
Para algumas pessoas ser bem sucedido na vida é uma tarefa fácil, mas para pessoas como eu é praticamente impossível sem dedicação, estudo e paciência.
Eu tenho o emprego dos sonhos de muita gente, eu não sou uma bióloga ryca (existe isso?) mas eu trabalho com o que eu gosto, ganho "relativamente" bem, tenho bons colegas de trabalho, estudo diariamente e tenho tempo livre para sair, me divertir e me aventurar num relacionamento amoroso desastroso com a mesma pessoa de sempre.
Eu poderia estar satisfeita com isso, mas eu sinto falta de algo a mais, e esse algo a mais tem nome e chama-se Doutorado.
O problema é que eu não quero simplesmente um título, eu quero ganhar o Nobel de Medicina no estudo de Insuficiência Renal. Mas para isso eu preciso sair em busca de um Orientador, um Mestre dos Magos!
O Brasil oferece através do Programa Ciência sem Fronteiras uma oportunidade de jovens pesquisadores conhecerem grandes centros de pesquisa fora do nosso país e em troca trazer conhecimento e tecnologia ao desenvolvimento nacional.
Seria perfeito se fosse mais simples, para por em prática essa "ferramenta" do nosso governo é necessário em primeiríssimo lugar um termo de um aceite assinado por um orientador, aceitando o projeto e o pesquisador como aluno.
E aí meus amigos é que começa a minha sina.
No próximo capítulo dessa história, eu vou contar como foi, ou melhor como está sendo a primeira fase dessa busca: A REJEIÇÃO!
Beijos e até o próximo post.


quinta-feira, 21 de junho de 2012

sábado, 28 de abril de 2012

Campanha: Veta Dilma.

A campanha Veta Dilma tomou força nas principais redes sociais, na tentativa de impedir que o novo Código Florestal seja aprovado.
Segundo esse novo código a área de preservação ambiental irá diminuir e os grandes ruralistas terão anistias das multas recebidas por desmatamento.
Esse país também é seu,  junte-se a campanha, assine o manifesto.
Queremos um Brasil com florestas.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Síndrome do "QT longo"

Olá pessoal, alguém aí já ouviu falar sobre a síndrome do QT longo?
Essa é uma síndrome pouco conhecida no Brasil, por ser muito rara na população.
Trata-se de um tipo de taquirritimia ventricular que pode ser de origem congênita ou adquirida.
Há poucos meses ocorreu um caso na família da minha cunhada, sua irmã de 36 anos faleceu após um evento de estresse cardíaco. O laudo do IML apontou a causa da morte como infarte do miocárdio. Até aí não haveria grandes problemas, uma vez que muita gente pode morrer vítima de infarte. No entanto, poucos dias após o falecimento, minha cunhada foi chamada ao consultório da cardiologista que atendia a sua irmã para  maiores informações a respeito da doença que a irmã vinha tratando há alguns meses, para surpresa de todos, uma vez que ninguém sabia que ela estava em tratamento.
Enfim, minha cunhada recebeu a notícia dessa síndrome fez os exames e descobriu que possuía a mesma doença, o que era esperado pois trata-se (nesse caso) da forma congênita. Seu filho (meu sobrinho) de três anos também herdou a síndrome.
O diagnóstico é realizado através de eletrocardiogramas e ecocardiogramas que indicam um intervalo alterado da condução elétrica do miocárdio, isso faz com que ocorram taquidisrritmias ventriculares que podem provocar síncopes e em casos mais graves levar a morte súbita, em alguns casos pode estar associado a causa da surdez.
O tratamento frequentemente realizado é feito através do uso de beta-bloqueadores, marcapasso e o implante de desfibriladores automáticos.
No caso da minha cunhada e sobrinho, o tratamento empregado foi a associação de beta-bloqueadores e o uso do cardiodesfibrilador implantável (CDI).
A taxa de mortalidade para pessoas sem tratamento é elevada, no entanto, o uso de desfibriladores diminui para menos de 15% de mortalidade.
Os exames que permitem o diagnóstico variam entre R$200 e R$ 400, porém o CDI custa a bagatela de aproximadamente R$ 66.000 e este aparelho deve ser trocado a cada 5 anos. 
Por sorte, minha família tem um plano de saúde muito bom que cobre todas as despesas desse tratamento, minha cunhada já fez o implante e meu sobrinho provavelmente fará o implante amanhã no Hospital Pequeno Príncipe, aqui em Curitiba. 
Outros casos na família foram diagnosticados, a irmã da minha cunhada teve dois filhos (um menino e uma menina) e apenas um apresentou a doença, o tratamento está sendo realizado pelo SUS mas não há previsão para o processo cirúrgico para o caso dele.
Procure seu cardiologista e exija exames de eletrocardiogramas e ecocardiogramas para esta síndrome, isso pode salvar sua vida.





sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Feliz 2012

Oi gente, tanto tempo sem postar que eu acabei perdendo o jeito.
Tentarei aos poucos reativá-lo, enquanto isso aproveitem o vídeo :)
ótimo final de semana crianças ;)

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