segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Libélulas, para que te quero?

Quando eu era criança (e isso já faz muito tempo) na cidadezinha onde eu morava (Faxinal, interior do Paraná) eu conhecia esse bichinho por outro nome: Lava-bunda, porque ele tem por hábito sobrevoar rios e lagoas tão rente à superfície da água que realmente parece que está se lavando. Eu as achava lindas, coloridas, delicadas e anos depois nas aulas de inglês no ensino médio "Dragonflies" fazia todo sentido, porque elas realmente pareciam dragões.
A libélula pertence a Ordem Odonata que por sua vez pertence a Classe Insecta que pertence ao Filo Arthropoda que pertence ao Reino Animalia. Parece confuso, mas é bem simples graças à classificação taxonômica mas isso é outra história. Os insetos da Ordem Odonata são hemimetábolos, ou seja, com metamorfose incompleta sendo as larvas aquáticas e a forma adulta terrestre que possui muita agilidade em executar vôos. Para oviposição esses insetos muitas vezes procuram bromélias utilizando a água que fica acumulada entre as folhas e, esse ambiente é apropriado para o desenvolvimento das larvas.
Muito se engana quem pensa que o papel desse animalzinho na natureza é pequeno. Para quem ouve voracidade e logo lembra de animais grandes, para vocês eu digo meus amigos, que a libélula tem um apetite voraz é uma exímia predadora chegando a consumir cerca de 15% do seu peso (em um único dia) apenas alimentando-se de outros invertebrados e por isso ela realiza um controle biológico invejável, tanto é verdade que parte da sua alimentação é feita com o conhecido mosquito transmissor da dengue, Aedes aegypti, por outro lado ela também fornece um nutritivo cardápio para pássaros, anfíbios e aracnideos.
As libélulas atuam como importantes bioindicadores da qualidade ambiental, por quê? Porque elas são capazes de perceber pequenas alterações no ambiente (que podem ser água ou ar), como mudança de pH, agentes químicos, quantidade de oxigênio dissolvido (ou ausência dele) impedindo a eclosão das larvas e no caso dos insetos adultos essas alterações funcionam como repelentes naturais.
E apesar do papel importante que esses animais tem no equilíbrio da natureza eles estão ameaçados de extinção.
As principais causas de extinção adivinhem???????
Acertou quem pensou em: fragmentação e redução do habitat natural. 
A degradação ambiental é o nosso grande problema. A conservação das espécies está diretamente associada a proteção dos ecossistemas e não há nada que evite extinções em massa sem que sejam feitos investimentos em pesquisas para conhecimento da ecologia das espécies. E o Brasil precisa muito mais muito investir em pesquisa e conservação.
Despeço-me de vocês desejando a todos uma ótima semana e vamo que vamo =)
Um beijo e xauxau ;)





domingo, 7 de novembro de 2010

Para refletir

Recebi esse vídeo por email e achei inspirador para uma tarde de domingo, contribuição da minha amiga bióloga Anne ;)


sábado, 6 de novembro de 2010

Semana Cultural UFPR 08 a 12 de Novembro

Bom dia caros leitores,
Antes de mais nada eu gostaria de divulgar a semana cultural do curso de biologia da Universidade Federal do Paraná "Assobio UFPR", entre as atrações terão mini cursos, oficinas, debates e palestras. Uma dessas palestras serei eu quem irá apresentar intitulada como "O modelo animal na pesquisa" farei um breve apanhado do uso de animais como modelo experimental.
Quem visita aqui o blog e quiser participar precisa fazer uma inscrição na página Assobio ou na secretária do curso de biologia no endereço: Av. Francisco H. dos Santos, UFPR, Setor de Ciências Biológicas, Centro Politnécnico, Bairro Jardim das Américas.
Segue o link para acesso direto a biologia da  UFPR .
Compareçam, aproveitem e troquem experiências.
bjos