quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Guaruba guaruba (Gmelin, 1788)

Eu tô para ver outro bichinho mais brasileiro que esse Psitacídeo.
Como diria jack, o estripador, vamos por partes.
A família dos Psittacidae, possui cerca de 330 espécies (mais ou menos, não sei precisamente quanto é) distribuídas em 78 gêneros, fazem parte dessa família as araras, os papagaios, priquitos, jandaias, etc. Sendo as características principais  o bico curvadinho, os pés articuláveis e o pescoço robusto, adaptações para o tipo de alimentaçao que essas aves consomem, basicamente sementes. São aves extremamente inteligentes, amáveis, muito colorida e por esse motivo, vítimas fácies dos traficantes de animais.
E a espécie Guaruba guaruba, conhecida popularmente como ararajuba é uma ave pertencente a família descrita acima (descrição "super" superficial), endêmica da floresta amazônica brasileira, ocorre nos estados do Pará, Maranhão, Minas Gerais e Rondônia. Essa ave é muito parecida com um papagaio, mesmo porte, possui uma cauda longa com pena em tamanhos desiguais.
Eu havia dito que ela era o bichinho mais brasileiro que já vi, porque possui a plumagem composta pelas colorações amarelo-ouro e verde-bandeira nas pontas das asas, os filhotes são mais amarelinhos e as pontas das asas são de um verde tímido.
As ararajubas vivem em bando e como os periquitos-cara-suja fazem seus ninhos em árvores altas e ocas, colocam de dois a três ovos que são incubados por 30 dias aproximadamente, ah tudo bem aves incubam seus filhotes por períodos semlhantes, mas o que é interessante nesse grupo é que não são apenas os pais que fazem esse serviço, não minha gente, os outros integrantes do bando podem também chocar os ovinhos e mesmo depois da eclosão, ainda auxiliam no cuidado dos filhotes até que se tornem adultos. Não é bonito? Não, é lindo!
Por possuir as cores da bandeira e por ser endêmica do Brasil, a ararajuba foi considerada símbolo nacional. Mas, como não é novidade aqui nesse blog ela também é uma espécie ameaçada de exinção, a categoria na qual ela está é vulnerável. Isso porque ela é a ave símbolo, se não já estaria extinta, redução e destruição do habitat são as principais ameaças.


Ficha técnica:
Habitat: floresta tropical úmida
hábito: diurno
longevidade: (se o habitat for preservado) pode viver até 30 anos na natureza
tamanho: é uma pequenininha chega no máximo a 36 cm.
peso: entre 220g a 340g
alimentação: frutos e sementes
comportamento: muito sociável

Aqui vão as dicas de uns sites legais de se visitar:
Centro de Estudos Ornitológicos para se ter mais informações de cursos, projetos, enfim para quem é chegado em aves vale a pena clicar e ficar um tempinho visitando o site.
S.O.S ARARAJUBA é da prefeitura de Belém, Bosque Rodrigo Alves, não tem muita informação mas eu achei didático até.
Tem o site da PETROBRÁS que tem que ter objetivo para visitar, porque tem tanta informação que é muito fácil (para mim) perder o foco, mas é bem bacana. Mas para quem é sem paciência eu vou deixar colado o link do Relatório Anual lá tem informações sobre o Projeto de Preseravação da Ararajuba e outros tão interessantes quanto.
link para opaper sobre o comportamento reprodutivo da ararajuba de Luis Fábio Silveira e Fernando José Belmonte.


Bom minha gente por hoje é só que eu tô caindo de sono
beijos e até ano que vêm se DEUS quise!!!


quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Então é Natal

Feliz Natal a todos que visitam esse blog =)
Um ano Novo melhor ainda, com muita responsabilidade social e ambiental!

Como eu não vou postar nada relacionado diretamente a biologia, eu compartilho com vcs esse clipe do Lulu Santos... que cabe bem nesse momento!
bjussssssssssssss
abraços a todos e até ano que vêm meus amores ;)




domingo, 20 de dezembro de 2009

Charles Robert Darwin

Estávamos no Herbarium da PUC-Pr Helen, Rodrigo e eu, falando sobre música alguns dias atrás, de repente sabe se lá bem o motivo o Rodrigo nos contou que certa vez lá no Museu de História Natural do Capão da Imbuia, aqui em Curitiba mesmo, os pesquisadores estavam falando sobre o Darwin, daí era Darwin para cá, Darwin para lá e ele fez muitas coisas, quando não mais que de repente uma estagiária da BIOLOGIA, solta a pérola das pérolas: -Eu já ouvi falar desse Darwin, quem que era ele mesmo? Daí os meninos ficaram todos horrorizados e disseram:- Darwin foi um estagiário aqui do Museu, um carinha que já foi embora. Segundo o Rodrigo, ninguém contou para ela quem era o carinha e ela também não perguintou mais.
Sinceramente? Eu acho que é lenda, deve ser mais uma daquelas mentiras que os homens contam, porque é impossível um estudante de biologia não saber quem foi Charles Darwin, aliás, impossível e inaceitável.
Mas, para aqueles que não são biólogos vale pena ler a biografia, conhecer a história que mudou a história da evolução das espécies. Charles Darwin além de pesquisador, era um cara muito simpático, eu recomendo!
Naturalista Inglês, nascido aos 12 de Fevereiro de 1809, ou seja, foi comemorado agora em 2009 o seu bicentenário. Estudou medicina primeiramente, mas não tinha muito gosto por cortes e anestesias, desde muito cedo começou a montar coleções, mais tarde tornou-se naturalista a exemplo do pai, Robert Darwin, físico e naturalista.
Influenciado pela leitura de "Ensaio sobre a população" de Malthus, Darwin começou a fazer as perguntas certas criando uma das mais belas teorias da história: a evolução das espécies pela seleção natural, segundo a qual os mais aptos possuem uma chance maior de deixar descendentes.
Mas é lógico que a genealidade foi apoiada em cima de muito estudo e principalmente das observações que ele pode fazer em campo, quando da viagem do Beagle que durou 4 anos e nove meses, nessa viagem ele teve a oportunidade de coletar fósseis, observar espécies novas e espécies já conhecidas mas dessa vez em seu habitat natural. Esse contato especial com a vida selvagem, que poucas pessoas tem a chance de vivenciar, fez dele um dos cientistas pioneiros no estudo da Ecologia e da Conservação.
Nas ilhas Galapágos ele pode explicar a distribuição das espécies através dos "centros de criação" teoria feita por outro Charles, mas este, com sobrenome Lyell, a avifauna observada por Darwin em Galapágos sustentava evidências para sua teoria da evolução. Teoria que mudou o mundo e encontra-se no livro "A Origem das Espécies" uma verdadeira obra de arte, de excelentísssima qualidade.
Gostou? bem esse não é nem um terço da história.


Parece meio mau-humorado.
bjos e boa semana à todos.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

COP-15

Último dia da negociação na Dinamarca, mudanças foram propostas, pessoas foram presas, a organização do evento deixou muito a desejar e as coisas não caminharam tão bem quanto se esperava.
O presidente Sarkozy revelou que estava dificil negociar um acordo com os líderes mundiais, mesma indignação mostrou o presidente Lula que cutucou as grandes nações dizendo que financiar projetos que possam diminuir as emissões de gases nocivos ao meio ambiente não é um ato de dar esmola e sim um pagamento por dois séculos de desenvolvimento privelegiados pela industrialização dessas mesmas nações.
É possível que as negociações em torno de um acordo global se estendam até o ano que vêm. Apesar de Copenhagen ter mostrado que esse tal acordo já está virando uma espécie de lenda. Alguns países como a Rússia e Índia afirmaram que mesmo que não haja acordo efetivo sobre um plano global de contenção do aquecimento do clima, prometeram que irão estabelecer metas para redução dos gases do efeito estufa.
Todo esse ímpasse se dá em torno de metas estabelecidas inferiores as recomendadas, imaginem só se fosse para discutir a situação real do clima? Teve até renúncia de cargo!
Vai sobrar para gente pagar toda essa conta, pode ter certeza que sim.
O Brasil defende um plano de metas que até 2050 o combate ao desmatamento na Amazônia possa ser reduzido em 80%, isso mesmo que vc leu, REDUÇÃO DO DESMATAMENTO EM 80%!
Eu me pergunto como é que será feito isso, ainda mais com a proposição do novo Código Florestal. Tem um site interessante para ser acompanhar que é Câmara do Deputados lá você encontra as coisas mais absurdas possíveis, acredite não é um circo apesar de ter um monte de palhaçada. Mas tem coisa legal lá é só procurar com bastante paciência. Pelo menos se não for legal, vc tem a oportunidade de acompanhar o que estão fazendo com o nosso dinheiro, além de colocarem na meia, cueca, na mala e em outros lugares não citáveis nesse horário.
Por hoje fica aqui o meu pesar, por um não envolvimento dos países ricos. Bando de FDP! Não vcs leitores, eles!
Um abraço e até próximo post.






sábado, 12 de dezembro de 2009

Copenhagen (COP-15)

Isso mesmo a Conferência que reúne 192 países entre eles os principais líderes mundiais para discussão sobre assuntos relacionados ao meio ambiente, começou na Dinamarca no dia 07 de Dezembro e vai até 6ª feira dia 18.
Questões como: estabelecimento de metas de redução das emissões de gases nocivos ao meio ambiente; discussão entre países em desenvolvimento como o Brasil e países desenvolvidos como os EUA para elaboração de planos que atenuem essas emissões e avaliação de estudos científicos e econômicos a cerca da mudança climática mundial, farão a temperatura subir. E por falar nisso, os estudos apresentados no segundo dia da Conferência indicaram que a década atual tem sido a mais quente dos últimos tempos.
A situação é tão tensa que levanta novamente a questão sobre os refugiados climáticos, onde consta do texto que a grande maioria das pessoas afetadas pelas mudanças climáticas não terão recursos para fugir das zonas de aquecimento e por isso perecerão. Pelo menos é a previsão para os próximos 40 anos caso nada seja feito na tentativa de conter o avanço do aquecimento global.
A China e os Estados Unidos foram negativos em relação aos pontos essenciais do texto, isso porque o texto de forma bem clara responsabiliza juridicamente os países que não atingirem as metas estabelecidas na cúpula. Justamente os países mais populosos (e mais "emitidores" de tudo o que não presta no mundo) querem uma votação que seja voluntária e não obrigatória do cumprimento das metas, irônico não?. (PQ SERÁ?)
Para entender porque eles são contra é muito simples,  diminuir a emissão de gases causadores do efeito estufa implica em mudanças no modelo econômico e social vigente, o uso de combustíveis fósseis deveria ser trocados por biocombustíveis, fontes de energia oriundas de matrizes hidrelétricas e termoelétricas seriam substituidas por fontes energéticas mais limpas e renovavéis como a energia solar e eólica, colocar um ponto final ao desmatamento florestal seria cruciail para um clima mais favorável e, sem contar que o consumo deveria ser drasticamente afetado por uma mudança consciente nos hábitos e costumes no estilo de vida que temos tido até o momento, logo, grandes economias se recusam a tais mudanças.
Já houve um post dedicado inteiramente ao aquecimento global neste blog, mas não custa relembrar que todo o planeta será afetado por essas alterações climáticas.

  • Haverá um aumento dos níveis oceânicos por causa do derretimento das geleiras e, portanto, comunidades costeiras e ilhas serão destruídas a menos que pessoas, animais e plantas aprendam a respirar embaixo d'água;


  • Florestas tropicais como a nossa, Amazônia, serão transformadas em Savanas pela diminuição do regime pluviométrico, o solo que só é rico por causa da alta decomposição, ficará escasso e as raízes das plantas terão de retirar água de lençóis cada vez mais profundos e muito em breve se extinguirão, plantas invasoras substituirão as nativas e toda a estrutura florestal será modificada alterando ainda mais o clima e colocando em extinção milhares de animais silvestres, desde pequenos moluscos até grandes mamíferos como a onça-pintada.


  • Com o aumento das temperaturas haverá mudança nos ciclos biogeoquímicos que afetará diretamente a produção de alimentos. Ora, atualmente mais de 1 bilhão de pessoas passam fome, isso porque há má distribuição de alimentos e quando começar a não ter essa produção, como os governos alimentarão tantas bocas?


  • Também tem as doenças tropicais como malária e dengue que se espalharão pelo planeta!

Sim! nós podemos mais. Precisamos fazer a nossa parte e cobrar nossos governantes por atitudes mais sérias e mais comprometidas com o planeta. Porque a hora é agora!
acesse o site da conferência e saiba mais : COP 15





terça-feira, 24 de novembro de 2009

Kynyongia magomberae

Assim foi batizada uma nova espécie de camelão encontrada na Tanzânia. A notícia foi publicada ontem na página da Universidade de York. O pesquisador responsável pela equipe científica que estava em  campo, Andrew Marshall,  encontrou o animal por acaso, segundo ele uma cobra estava comendo o bichinho quando eles a avistaram e ela cuspiu fora o camaleãozinho que ainda estava vivo.
A espécie coletada foi comparada com outras duas encontradas na mesma região, em local próximo aquele onde foi encontrado o camaleão, e então descobriram que tratava-se de uma espécie nova e batizaram com o nome Kynyongia magomberae. em homenagem a floresta Mamgobera.
Recém descoberto o animalzinho já encontra-se em ameaça de extinção, isso porque os camaleões habitam áreas pequenas mas com características específicas e, a floresta de Mamgobera é um ambiente ameaçado e segundo o pesquisador talvez essa nova descoberta seja um estímulo a preservação do ambiente através de educação ambiental com a comunidade local e, de políticas de desenvolvimento sustentável, uma vez que a floresta é um recurso importante tanto para humanos quanto para as formas de vida selvagem.
Eu enviei um email ao autor (que é um gatinho) pedindo claro a sua publicação e, se ele puder enviar eu atualizo a notícia com um post mais específico, para quem tiver interesse em herpetologia pode acessar o site da revista: African Journal Herpetology, no portal da Capes não consta esse periódico =/
Beijos a todos tchau tchau o/

domingo, 22 de novembro de 2009

Lobo Guará

O Lobo Guará (Chrysocyon brachyurus,  Llliger, 1815) pertence à classe Mamalia ordem carnivora e a família canidae. Possuí distribuição no Pantanal, Campos Sulinos, Caatinga, Mata Atlântica e principalmente no Cerrado brasileiro, embora seja encontrado na Bolívia, Argentina, Paraguai e Uruguai (uma das espécies mais belas e mais populares de canídeos) encontra-se na lista de espécies ameaçadas, pela ICUN a categoria de ameaça classificada é de vulnerável (VU) e pelo IBAMA é classificada como criticamente em perigo.
De hábito predominantemente noturno e/ou crepuscular, pode viver até 13 anos (se não topar com carro no meio da auto estrada), possuí uma pelagem avermelhada característica com manchas esbranquiçadas na porção interna da orelha, cauda e garganta, já o focinho, os membros e o dorso são bem pretinhos (lembra uma raposa, mas muito maior). Possuí tamanho de 95-115 cm (extensão de corpo) e 38-50 cm (cauda). Suas pernas longas variam de 80 a 100 cm de comprimento.
Seus hábitos são solitários, formam casais apenas durante a época de reprodução. Alimentam-se de pequenos mamíferos, aves répteis, insetos, moluscos e frutos. Apesar de terem hábitos onívoros percorrem grandes extensões em busca de alimento, chegando a deslocarem-se até 15 Km em linha reta. Necessitam de uma grande área para reprodução e sobrevivência.
A principal ameaça ao lobo guará provém da alteração, destruição e fragmentação de seu habitat natural, principalmente pela ocupação das cidades e pela conversão de terras para a agricultura e pecuária extensiva. Isso sem contar a depressão endogâmica que pode afetar e muito o processo evolutivo da espécie levando-a a extinção.



Ficha técnica:
Nome comum: Lobo vermelho
Nome em inglês: Maned Wolf
Distribuição mundial: Brasil, Paraguai, Peru, Bolívia, Uruguai
Distribuição no Brasil: do RS até o PA e Maranhão.
Causas de extinção: abate por tiro, redução e destruição de habitat.




Para quem quiser saber maiores informções a respeito, acesse o site http://www.procarnivoros.org.br/
Literatura consultada:
BRUNO, S. F. 100 Aanimais ameaçados de extinção no Brasil. E o que você pode fazer para evitar. São Paulo. Ediouro, 2008.
BUENO, A. A.; BELENTANI, S. C. S.; MOTA-JUNIOR, J.C. Feeding Ecology of the maned wolf, Chrysocyon brachyurus (ILLIGER, 1815). (MAMMALIA: CANIDAE), in the ecological station of Itirapina, São Paulo State, Brazil. Biota Neotropica. V2, n2, 1-9.

Beijos e boa semana criançada!

sábado, 14 de novembro de 2009

Dinossauros Homeotérmicos?

Tudo indica que sim, talvez não todos mas, alguns estudos tem demonstrado a possobilidade de algumas linhagens de répteis pré-históricos possuírem uma característica homeotérmica ou ainda uma associação de ectotermia e homeotermia. É sem dúvida uma viagem muito louca, mas também muito interessante.
Essa semana foi publicado um artigo cujo título é no mínimo curioso, mas quando você lê faz sentido: "Biomechanics of Running Indicates Endothermy in Bipedal Dinosaurs" do pesquisador Herman Pontzer e colaboradores.
Resumo da ópera foi o seguinte: eles avaliaram a fisiologia metabólica de dinossauros extintos, através do estudo de comparação de taxas metabólicas de consumo de oxigênio durante a caminhada e corrida e potência aeróbica máxima  de dinossauros bípedes extintos com a utilização de dois métodos recentemente desenvolvidos que liga a anatomia de locomoção para caminhar e correr para estimar o custo de locomoção taxas metabólicas para os dinossauros. Eles fizeream uma comparação da caminhada a pé e lenta velocidade de marcha moderada aeróbia sustentável na maioria dos amniotas modernos, dessa forma a ectotermia de espécies extintas seriam apoiados se os seus custos de locomoção previstos a estas velocidades moderadas caisse dentro da capacidade aeróbia em que vivem os animais ectotérmicos. Contudo, se a potência aeróbia necessária para caminhada e corrida lenta nestas espécies extintas é prevista para exceder a potência aeróbica máxima para os animais ectotérmicos, nesse caso a hipótese de que pelo menos alguns animais bípedes eram homeotermicos seria sustentada.
É muito interessante e é uma leitura bem rapidinha.
E e mais legal o download do pdf é gratuito, é só visitar o site PlusOne e procurar pelo título ou autor!
abraços a todos ;)





domingo, 8 de novembro de 2009

CETAS [2]

Eu selecionei essa pequena reportagem do Jornal Futura que fala um pouquinho sobre o funcionamento do CETAS do Paraná.
Olha que judiaria!

sábado, 7 de novembro de 2009

CETAS

Um CETAS ou Centro de Triagem de Animais Silvestres tem por finalidade recepcionar, triar e tratar animais silvestres apreendidos ou resgatados (IBAMA). Os profissionais qualificados a trabalhar em um CETAS e que eventualmente compõe o quadro funcional desse estabelecimento são basicamente compostos por um médico-veterinário, um biólogo e tratadores, não necessariamente nessa ordem de importância. Normalmente os CETAS são financiados por agências do governo contando com o auxílio de pessoas jurídicas.
Mas na prática os CETAS desenvolvem um papel muito além desses acima citados, participando como instrumento auxiliar ao combate ao tráfico de animais silvestres. Estima-se que cerca de 38 milhões de animais silvestres são retirados do seu habitat por ano, seria triste se não fosse crime, mas sim, essa saída é criminosa, mas como todos sabem as leis no Brasil são flexíveis e a fiscalização é quase nula se comparamos número de fiscais vs. extensão territorial.
Desses 38 milhões de animais apreendidos apenas 40 mil são de fato reintroduzidos na natureza, muitas vezes em estado não apropriedado, os demais muitas vezes não possuem condições de sobrevivência, não se adaptam em cativeiro, ficam muito debilitados, deprimidos e, infelizmente acabam morrendo.
Durante a captura e transporte ilegal feitos pelo tráfico, os animais sofrem os mais variados tipos de tortura e mutilações, filhotes de aves são colocados dezenas ou até centenas em tubos de pvc sem o mínimo de higiene ou ventilação, a maioria morre antes de chegar ao local de destino.
Além de receber animais vindos do tráfico ou de famílias que domesticam animais silvestres, os CETAS ainda recebem animais que são levados pela população que chegaram de áreas em que seus habitats foram reduzidos ou modificados. Um exemplo disso que eu estou dizendo ocorre com as preguiças recebidas pelo Ibama, muitas chegam com machucados profundos na pele resultado de queimaduras feitas por cercas elétricas e/ou fraturas devido a atropelamentos. É lamentável que com tanta informação pouca coisa seja feita pela proteção da nossa fauna que está extremamente ameaçada.
O Ibama recentemente autorizou a implantação de um Centro de Triagem de Animais Silvestres no campus de Toledo da Universidade PUC-PR, a instituição tbém administra outro CETAS em Tijucas do Sul. Mas isso é outra história.

Existe um canal direto com o Ibama onde vc pode denunciar irregularidades : Linha Verde do Ibama: 0800-61-8080

domingo, 1 de novembro de 2009

Novo Código Ambiental

Tramita (há mais ou menos 10 anos) no Congresso Nacional um Projeto de Lei que visa a substituição do Código Florestal, em vigor desde 1965. Segundo esse novo código, o Estado passa a ter controle sobre o zoneamento econômico/ecológico podendo determinar as áreas para plantio e à preservação de acordo com as necessidades e características regionais.
É necessário entender que a proposta do novo código foi feita pela bancada ruralista (espertinhos) que reivindica uma maior flexibilidade das regras vigente deixando-as menos rígidas ("sacou?"). O governador do Estado de Santa Catarina, sim aquele Estado que ficou de baixo d'água por vários dias por causa da falta de cobertura vegetal e plantação de pinus, sancionou o novo código ambiental em Santa Catarina sob a óptica de "adequação da legislação à realidade".
O debate a respeito da revisão do Código Florestal seria algo bom para o país e para o meio ambiente se não fosse utilizado como objeto de campanha eleitoreira, a proposta chega a ser repulsiva, nesse PL a bancada ruralista pede anistia das multas por desmatamento ilegal que chegam a mais de 35 milhões de hectares e, não é só isso além de pedir para tirar o nome da lista dos inadimplentes eles ainda pedem a dispensa da recomposição da área degradada (eu disse que era repulsivo).
O debate central a cerca do Código Florestal e do "novo" código ambiental é essencialmente: a Reserva Legal e as Florestas e outras formas de vegetação natural de Preservação Permanente e suas respectivas Áreas de Preservação Permanente.
O Código Florestal de 1934 tinha como cerne considerar as florestas existentes em território nacional como "bem" de interesse comum a todos os habitantes do país, em outras palavras, existia desde aquela época, quando ainda ninguém perdia o sono pelas mudanças climáticas ou enchentes em Santa Catarina, uma preocupação com o desmatamento que vinha crescendo a cada dia. Em 1965, foi elaborada uma proposta para normatização e proteção jurídica do patrimônio florestal nela ficou evidente que as florestas naturais não pertencem a ninguém ou melhor pertencem a todos os habitantes do país e, somente florestas plantadas podem ser utilizadas de acordo com a vontade do proprietário, pois bem, isso indica uma preocupação não apenas com a parte vegetacional das florestas, o Código Florestal de 65 teve por objetivo também proteger os solos e reservatórios de água, uma vez que, florestas em sucessão ou estágio de regeneração são protegidas pelo Poder Público, segundo esse mesmo código "todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado", por mais criticado que esse código seja ou tenha sido ele é essencial para a proteção da cobertura vegetal nacional.
Seria um retrocesso aceitar esse novo código, o Brasil vêm discutindo o compromisso com a redução do desmatamento e diminuição dos gases causadores do efeito  estufa mas, se aprovado esse novo código permitirá a redução dos limites da mata ciliar. Propriedades maiores que 50 hectares poderão reduzir a mata ciliar de 30 metros para 10 metros e propriedades com menos de 50 hectares poderão reduzir a mata ciliar de 30 para 5 metros, além da criação de um fundo de compensação ambiental.
Para quem tiver interesse em maiores informações sobre o conteúdo do Código Florestal pode acessar o link Código Florestal Brasileiro .
Fique de olho, tem gente querendo enganar a gente!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Blog Action Day: Mudanças Climáticas [2]

Não, eu não esqueci. Não deu tempo de postar nada a respeito de mudanças climáticas mas estou anexando um videozinho e o mais breve possível terá uma atualização com dados recentes sobre o aquecimento global, derretimento das geleiras e tornados e furacões (no Paraná????) Oh Yeah!
Enquanto isso não acontece acesse o site  Blog action day

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Mudanças Climáticas

Durante muito tempo me perguntei o que realmente vinha a ser o tal "aquecimento global" e quais as implicações das mudanças climáticas sobre a Terra e principalmente sobre a biodiversidade. Não adiantava apenas saber que era um fenômeno natural que nos últimos anos tinha sido acelerado pela ação antrópica, esse tipo de resposta é tão ultrapassada que não deve ser admitida nem mesmo pelos alunos do ensino médio.
Então fui pesquisar e descobri muita coisa interessante e preocupante também, por isso, resolvi escrever aqui para compartilhar um pouco das coisas que aprendi.
Contextualizando: Ao pé da letra, mudanças climáticas referem-se à variação do clima em escala global ou regionais através do tempo. Essas variações estão relacionadas aos fenômenos climáticos tais como, precipitação, nebulosidade, temperatura entre outros. As causas para que ocorram essas mudanças podem ser naturais; incidência de raios solares sobre Terra, atividade vulcânica, glaciações, deriva dos continentes,  efeitos como lã niña e el niño ou antropogênicas como a emissão de gases que provocam o efeito estufa e consequentemente o aumento do aquecimento global.
O Painel Intergovernamental sobre a Mudança do Clima divulgou em 2007 o Quarto Relatório de Avaliação de Mudanças Climáticas, nesse relatório foi observado que os anos de 1997-2006 foram considerados os anos mais quentes do registro instrumental de temperatura da superfície global desde 1850, a tendência linear de aquecimento nos últimos 50 anos é praticamente o dobro dos últimos 100 anos (Oh my God), em números isso significa dizer que a temperatura média do século XX aumentou em 0,74 ºC, parece pouco né? Mas não é! Se algo não for feito agora, nos próximos 100 anos pode haver um aumento de aproximadamente 5,8ºC na temperatura terrestre.
Os impactos ambientais são tão intensos que algumas regiões demonstram um aumento de temperatura superior a média global, em 2003 10% das geleiras dos Alpes derreteram, pestes e epidemias podem ter a sua incidência facilitada, assim como doenças tropicais (malária, dengue e etc).
Estudos paleoclimáticos revelam que a última vez em que as regiões polares estiveram mais quentes que as atuais indicaram que o nível do mar subiu cerca de 6,0 metros.
Os efeitos dessas mudanças no meio ambiente são catastróficos mesmo, a exemplo disso: furacões e tornados no hemíferio norte como o Katrina, que em 2005, devastou a cidade de Nova Orleans, sul dos Estados Unidos, deixando mais de 1.500 mortos. Em Santa Catarina uma das piores enchentes na história do país (2008) deixou dezenas de mortos e centenas de desabrigados.
Em 2005 o nível do Rio Amazonas foi o mais baixo registrado nos últimos 35 anos o que afetou diretamente a fauna e flora, causando danos as espécies de mamíferos aquáticos e peixes, em setembro do mesmo ano houve aumento de 300% nos registros de queimadas em relação ao mesmo periodo no ano anterior, o aumento das queimadas causa uma maior liberação de gases nocivos ao meio ambiente através das emissões de carbono para atmosfera, o que aumenta a temperatura e consequentemente diminui a umidade relativa do ar causando mais queimadas e então entramos num circulo vicioso.
É preciso falar do desmatamento? Sim. Por quê? Porque o desmatamento contribui para a acelaração do aquecimento global, as mudanças são resultado de interações complexas da hidrologia, do clima, da vegetação e do uso da terra. O Brasil por conta das queimadas e do desmatamento está ocupando o quarto lugar no ranking mundial de emissores de gases do efeito estufa para atmosfera. A mudança no clima afeta sensivelmente os ecossistemas e é uma ameaça à biodiversidade, esses fenômenos climáticos são imprevisíves e podem dizimar espécies em poucos anos levando a uma extinção em massa.
Por exemplo, o fitoplâncton que é a base da cadeia alimentar marítima e absorve uma quantia considerável de dióxido de carbono (pela fotossíntese) é drasticamente afetado pelo aumento da temperatura nos oceanos e a diminuição da biomassa desse organismo aceleraria o processo de aquecimento global, sem dúvida é uma reação em cadeia. Entre as alterações mais significativas estão os períodos de reprodução dos animais e a distribuição das espécies sobre a terra. O problema é tão sério que em algumas espécies de aves com hábitos migratórios, montanhosos e/ou aves amarinhas há declíneo de até 90% no tamanho das populações, as aves com esses comportamentos servem muitas vezes como indicadoras de mudanças climáticas (relatório publicado em 2006 na Austrália, birds species and climate change).
ONGs ao redor do mundo tentam através de campanhas alertar sobre a ameaça a vida no planeta, mas parar o aquecimento global não é uma tarefa simples, é necessário abrir a cabeça e escolher mudar de atitude, as nossas pequenas escolhas diarias podem salvar ou colocar em risco toda a vida no planeta.
Basta querermos sinceramente mudar o planeta, eu posso, você pode e juntos podemos muito mais!

Saiba mais informações em:







domingo, 4 de outubro de 2009

Doença Renal Crônica

A doença renal crônica (DRC) é uma patologia grave que atinge uma em cada dez pessoas no mundo. Caracterizada pela perda progressiva das funções renais, estado não reversível, em estágios avançados pode ser necessário tratamento com hemodiálise e/ou transplante.
É uma doença assimptomática confundida com anemia ou diabetes, está geralmente associada a outras doenças, sendo as cardiovasculares responsáveis pelo alto indíce de mortalidade em doentes renais crônicos.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia o Brasil tem cerca de 2 milhões de doentes renais em diferentes estágios e 60% dessas pessoas não sabe que possui a doença. Pessoas acima de 60 anos e crinaças menores de 5 anos de idade, bem como, fumantes, alcoolistas e hispertensivos formam o principal grupo de risco da síndrome urêmica.
Um exame fácil e barato que está disponível no sistema único de saúde (SUS) é o clearance de creatinina, que determina a eficiência com que os rins através da filtração glomerular eliminam os resíduos de creatinina presentes no sangue ou urina.
Novos tratamentos estão surgindo na tentativa de evitar a progressão da doença. Tratamento com terapias antioxidantes tem se mostrado muito promissoras, tema inclusive da minha monografia. Na ultima Reunião Anual da Federação das Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe) foi discutido o uso de células tronco para tratamento aos portadores da DRC, estudo realizado pela nefrologista Lucia  Andrade da Faculdade de Medicina de São Paulo (USP), mas os estudos ainda em fase experimental não são conclusivos.

Para quem quiser saber maiores informações acesse o site:


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

domingo, 27 de setembro de 2009

Mata Atlântica [2]

Um dos grandes problemas para conservação de um ambiente como esse, é o tipo de estratégia utilizada para conservação e proteção dos fragmentos da floresta.
Os fragmentos de habitats normalmente não conseguem dar suporte às populações de muitas espécies de ocorrência extensa, como é o caso da Harpya que necessita de grandes áreas para sua sobrevivência. os fragmentos de habitat são divergentedo habitat original em dois aspectos distintos, fragmentos de habitat possuem quantidade maior de área de borda por área de habitat e o centro de cada fragmento de habitat fica consequentemente mais próximo a essa borda. A fragmentação muitas vezes limita o potencial de dispersão de espécies e (re)colonização de áreas, isso sem contar na redução da capacidade de alimentação de animais nativos. O microambiente que existe numa borda é muito diferente daquele observado no interior de uma floresta, pois a incidência dos níveis de luz presentes na borda é aumentada e, há aumento também de temperatura  e ventos e acontece o inverso com a umidade relativa que caí drasticamente, muitas vezes o efeito de borda pode ser sentido até 500m entrando na floresta.
A criação de unidades de conservação in situ (preservação de comunidades e populações em seus ambientes naturais) é o principal foco dos ambientalistas e das diretrizes para preservação da biodiversidade, mas o que acontece na prática é que nem sempre as áreas protegidas possuem o tamanho suficiente para manutenção de certas espécies. O que tem se falado bastante é sobre o modelo de mosaicos para unidades de conservação que é definido como uso multiplo da terra em uma paisagem manejada que possa permitir o movimento de populações integrando o desenvolvimento sutentável socioambiental, que em outras palavras nada mais é que a implantação de corredores ecológicos, bem questionável.
A iniciativa de algumas ONG's devem ser divulgadas, como por exemplo as ações do Instituto Rã-Bugio que faz um trabalho sério de educação ambiental defendendo as áreas remanescentes da Mata Atlântica, foi fundada pelo casal Elza (uma "japa" muito simpática) e Germano Woehl Jr. A ONG's é patrocinada pela  CELESC e a Petrobrás, entre outras.

Dica de leitura:
FERNADÉZ, F. O poema imperfeito : crônicas de biologia, conservação da natureza e seus heróis. Curitiba : Universidade Federal do Paraná, 2000.
URBAN, T. Saudade do matão : relembrando a história da conservação da natureza no Brasil. Curitiba : Universidade Federal do Paraná,1998.

Assista os vídeos:






sábado, 26 de setembro de 2009

Floresta Atlântica!

A Floresta Atlântica ou Mata Atlântica é uma das florestas tropicais mais ameaçadas do planeta. No Brasil foi o bioma que mais sofreu com os impactos ambientais causados pelos ciclos econômicos. Em território nacional possuia inicialmente distribuição geográfica do Ceará ao Rio Grande do Sul. Atualmente sobrou apenas 7% de sua área original e, pasmem, desse montante que  restou, praticamente 75% está comprometido e em vias de extinção.
Quando os colonizadores aqui chegaram encontraram uma natureza exuberante, pensavam que era uma fonte de riqueza inesgotável e trataram de explorar seus recursos naturais. Nesse bioma foram desenvolvidos os principais ciclos econômicos, atividades exercidas sem nenhum planejamento ambiental promovido por intenso desmatamento e destruição. A principal ameaça no século XX foi  e ainda está sendo no século XXI  a urbanização e a expansão agrícola, além da exploração predatória das matas e florestas e de levar praticamente a extinção madeiras de lei como mogno, peroba e cerejeira havia ainda um comércio de peles de animais silvestres sem distinção entre répteis, aves e mamíferos tudo era explorado.
O mapa ao lado mostra a triste realidade brasileira, não resta quase nada desse bioma! A floresta tenta sobreviver as constantes pressões humanas e, mesmo com grandes ameaças à diversidade biológica a Mata Atlântica abriga cerca de 20 mil espécies vegetais e segundo estimativas metade são espécies endêmicas. A fauna da região é impressionante e mais impressionante é a lista de animais em extinção que a região possui, citando alguns: onça-pintada (Panthera onca), tatu-canastra (Priondontes maximus), mico-leão (Leontopithecus sp.). Esse bioma representa sozinho cerca de 15 % de toda a fauna e flora mundial. Composta por uma variedade de formações vegetais, seus remanescentes preservam mananciais hidrícos importantes. A recuperação desse ambiente é um desafio mas é extremamente necessário para a manutenção das atividades que tornam possível a sobrevivência das gerações futuras.
Algumas iniciativas, como o projeto socioambiental Vale do Ribeira, tentam preservar o que resta das matas ciliares mas ainda é pouco. Sem apoio das comunidades e de interesse das políticas públicas pouco poderá ser preservado.
Para preservar um bom começo é conhecer as nossas lideranças e pensar bem em quem iremos eleger para nos representar no congresso federal.

Por quê preservar?



Os micos-leões são primatas de porte pequeno endêmicos da Mata Atlântica, são casais monogâmicos podendo gerar de uma a três filhotes por vez, a família toda cuida dos filhotes! O mico-leão-de-cara-preta foi identificado pela primeira vez em 1990, na região do Superagui, aqui no Paraná, mas já estava em vias de extinção. Existem quatro espécies de micos-leão e todos são naturais do Brasil. são eles:
Mico-Leão-de-Cara-Dourada (Leonpithecus chrysomelas)  ocorre no sul da Bahia e nordeste de Minas Gerais;
Mico-Leão-Dourado (Leonpithecus rosalia) encontrado no somente no Rio de Janeiro;
Mico-Leão-Preto (Leonpithecus chrysopygus) ocorre em São Paulo e finalmente,
Mico-Leão-de Cara-Preta (Leonpithecus caissara) encontrado no Paraná e em São Paulo.
Ficha técnica:
Habitat: Mata Atlântica.
Peso: 500 a 700g.
Longevidade: média de 8 a 12 anos.
Tamanho: cabeça e corpo 20 a 33 cm (piquititico), cauda 31 a 40 cm.
Alimentação: frutos, flores, goma, néctar e presas animais, répteis e insetos.
Causas de extinção: redução do habitat e tráfico ilegal de animais silvestres.






sábado, 19 de setembro de 2009

Amazônia

O desmatamento na Amazônia é tão grave que já atingiu 728.526 km² o que equivale em extensão a 17 vezes o estado do Rio de Janeiro, segundo dados do Instituo Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Nas últimas 24 horas (hoje dia 18/09/2009) foram registrados 903 focos de queimadas no território amazônico.
No dia 1º de Setembro o Ministério do Meio Ambiente divulgou que em um ano (entre Agosto de 2008 e Julho de 2009) o desmatamento caiu 46% na Amzônia. No dia 14/09/2009 foram apreendidos 1.600 m³ de madeira ilegal na Floresta Nacional de Caxiuanã, no Pará, haviam maçaramdubas, tauari e angelim uma riqueza insubstituível saindo pelas águas da Orla de Portel. Mas, governo afima que o desmatamento está diminuindo, de fato, se não houver mais vegetação o que haverá para ser desmatado?
Há que se ter fé, segundo o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, na próxima segunda feira será lançada a segunda fase do Programa Áreas Protegidas na Amazônia, que prevê para 2010 aproxidamente 20 milhões de hectares de área protegida  o.Õ
Acredite se quiser!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ah! o Pantanal!

O Bioma Pantanal ou complexo Pantanal Matogrossense possui uma das mais exuberantes paisagens do mundo! É a maior área úmida do planeta, possuindo aproximadamente 230.000 Km² sendo que 170.000 km² ficam em território nacional e, segundo dados da Unesco é considerado Patrimônio da Humanidade e também a maior Reserva Natural existente.
O Pantanal é uma região de encrave, ou seja, um habitat ilha sem justaposição de ambientes um tipo de mosaico onde se encontram cinco regiões distintas e que tornam o Pantanal um lugar único, são elas: Floresta Amazônica, Cerrado,Caatinga, Mata Atlântica e Chaco.
Os terrenos quase sempre planos da região permitem um fluxo de entrada e saída de cheias que renovam e fertilizam a terra. No período de seca os restos de animais, de vegetação e a mistura com a areia fazem uma explosão de nutrientes essenciais para a fertilidade do solo.
A biodiversidade pantaneira é muito rica! Uma riqueza de mamíferos, répteis, anfíbios, peixes e insetos que são essenciais para o equilíbrio do Bioma, o maior felino brasileiro a onça-pintada é encontrada naquela região, mas é possível encontrar antas, jaguatiricas, gatos-do-mato, o cachorro-vinagre, lobo-guará, tamanduás-bandeira e tamanduás-mirins, caxinguelês, quatis, cotias, pacas, lagartos, tatus, porcos-do-mato, queixadas e as ariranhas, marsupiais, morcegos, rato-do-cerrado e, claro, macacos, principalmente bugios, macacos-pregos e sagüis e mais uma infinidade de animais não citados aqui.
Porém, esse bioma está fortemente ameaçado (como toda a natureza nacional) pela pecuária, caça predatória, pesca esportiva e profissional, agricultura e falta de interesse político.


Assistam vale a pena!




sábado, 5 de setembro de 2009

Caatinga

De origem indígena (Tupi-Guarani) o nome caatinga quer dizer "mata branca". Este bioma ocupa 7% do território brasileiro estendendo-se pelos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia e norte de Minas Gerais. É exclusivamente brasileiro, ou seja, as espécies de fauna e flora presentes nesse bioma não serão encontradas em nunhuma outra parte do mundo, não de maneira natural.
É uma região de clima semi-árido, possui temperatura média de 27ºC durante o ano com amplitude máxima de 5ºC, o índice pluviométrico é muito reduzido em torno de 500 a 700 mm, muito baixo comparado às regiões sudeste e sul do país 1500-2000 mm por ano, compondo o cenário ventos fortes que contribuem para fisionomia desértica característica da Região Nordeste do país, possui o solo raso e pedrogoso e a vegetação permanece verde apenas no inverno.
A vegetação da Caatinga é muito diversificada, muitas plantas possuem adaptações às condições desse bioma, algumas plantas armazenam água, como cactos; outras possuem raízes rasteiras superficiais a fim de absorver o máximo de água, uma vez que, o solo não permite apronfudamento devido a suas características geomorfológicas. A formação característica é a arbustiva lenhosa e, herbáceas de pequeno porte e com modificações nos troncos que podem conter espinhos ou serem torcidos. Estudos na região indicaram que cerca de 600 espécies arbóreas foram registradas sendo 180 espécies endêmicas.
Quanto ao potencial faunístico na Caatinga os mamíferos são em sua maioria roedores e, animais de pequeno porte. Normalmente as espécies possuem hábitos migratórios ou, hábitos noturnos evitando o gasto de energia durante o dia que tende a ser muito alto. Felinos, herbívoros de porte médio já constam como desaparecidas ou outras em vias de extinção como é o caso da ararinha azul que sofre com a caça predatória e destruição do seu habitat natural.
Arara-Azul-de-Lear (Anadorhynchus leari, Bonaparte 1857)
Nome comum: Arara-azul-pequena
Distribuição: espécie endêmica do Brasil, sertão da Bahia, em municipios como Canudos, Euclides da Cunha e Jeremoabo.
Habitat: Caatinga
Hábito : diurno
Longevidade: não há registros
Tamanho: 71 cm
Peso: 940g
Alimentação: frutas e sementes, especialmente cocos de palmeiras
Causas de extinção: destruição do habitat, tráfico de aves silvestres
Categoria de ameaça: criticamente em perigo.
Acesse e saiba mais:
projeto arara zul
proaves

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O Cerrado

O Bioma Cerrado é a versão brasileira da savana africana. Ocupa aproximadamente 24% do território nacional e é a segunda formação vegetal do país, sendo superada apenas pela floresta amazônica. Possuia incialmente cerca de dois milhões de quilômetros quadrados, estendendo-se pelos estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins e relictos em outros seis estados.
Considerado um Hotspot mundial de diversidade biológica , caracteriza-se por possuir diferentes paisagens as quais tiveram origens a partir de fatores determinantes como a formação geológica, fatores ecológicos e variações locais. As paisagens vão do cerradão- formação vegetal com árvores altas esclerofilas e xeromórifcas; seguindo ao longo dos rios encontra-se a mata ciliar ou mata de galeria- formando corredores fechados (daí o nome)- sobre o curso de água, pode ser inundável ou não inundável e finalmente, os campos do cerrado ou Mata seca com árvores baixas e esparsas, podendo ser dividida em três subtipos: Mata Seca Sempre-Verde, Mata Seca Semidecídua e Mata Seca Decídua. A decomposição das folhas que caem sobre o solo contribui para a ciclagem de nutrientes.
As nascentes dos dois principais rios da bacia Amazônica favorecem a manutenção da biodiversidade.
Infelizmente, apenas pouco mais de 19% do cerrado ainda possui a vegetação original. Um dos impactos ambientais mais significativos foi causado por garimpos, que contaminaram com mercúrio os leitos de rios da região e provocaram um grave assoreamento dos cursos de água. A expansão agropecuária atualmente oferece o maior risco para a sobrevivência desse importantíssimo bioma. O desmatamento provocado por essa atividade econômica e por outras como caça esportiva e predatória, contrabando de animais, produção de carvão vegetal, monoculturas é assutador chegando a três milhões de hectares por ano.
A diversidade da fauna presente no Cerrado é muito expressiva a composição é feita por répteis, anfíbios, insetos, peixes, aves e mamíferos sendo que a última possuí 194 espécies sendo 18 exclusivamente do cerrado, ou seja, endêmicas. Muitas espécies presentes no Cerrado estão presentes também na lista de animais ameaçados de extinção. Como por exemplo o cachorro vinagre que foi pouco estudado e já está presente na lista vermelha.
Quer saber mais?

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Biomas Brasileiros

Cerca de 12% de toda a vida natural do planeta está reunida no território brasileiro, as explicações mais óbvias são alta taxa de incidência solar e limite leste geográfico banhado pelo imenso oceano Atlântico. A combinação desses dois elementos por mais simples que possam parecer culminou no que conhecemos como duas das mais importantes florestas tropicais do mundo: A Mata Altântica e a Floresta Amazônica.
O Brasil possui sete biomas principais que são distribuídos ao longo do território nacional de acordo com as características referentes à precipitação e variações de condições climáticas, são eles: Amazônia com aproximadamente 30% de toda a divesidade biológica presente nas florestas tropicais remanescentes e 20% de toda a água doce do planeta, Cerrado considerado um hotspot mundial, Caatinga único bioma exclusivamente brasileiro, Pantanal maior planície alagável do mundo, Mata Atlântica uma das florestas tropicais mais ameaçadas e o bioma que mais sofreu impactos ambientais, Pampas que se estende do Rio Grande do Sul ao Chile e Uruguai e a Zona Costeira e Marinha que muitos autores não consideram um bioma mas que possui uma riqueza de diversidade biológica imensa.
Nos próximos post serão detalhados cada bioma e a importância para variedade de espécies.
Ficou curioso?
Acesse o site do Ministério do Meio Ambiente e obtenha maiores inflormações.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Harpya Harpyja (Linnaeus, 1758)

A Harpia Hapyja ou Gavião Real é a maior ave de rapina do continente americano (Sick, 1997). Pertence a ordem Falconiformes e à família Accipitridae. A área de ocorrência dessa ave magnífica vai desde o México, América Central e América do Sul (exceto Uruguai e Chile).
Pode possuir até 2 metros de envergadura de asas e chegando até 90 cm de altura. A Harpia é uma espécie do topo da cadeia alimentar, as harpias são predadores altamente especializados e possuem adaptações próprias para à caça. Por ser um animal de grande porte, necessita de extensas áreas de vida, aproximadamente 100 km² por casal, apresenta baixa densidade populacional e baixa taxa reprodutiva, sendo que os filhotes ficam sob cuidado parental por até dois anos. Por possuir essas características a espécie sofre diretamente com as pressões exercidas sobre as áreas naturais principalmente pela perda de habitat e, apesar de seu estado de conservação estar listado como "quase ameaçado", na Mata Atlântica a situação é tão grave que ela aparece como " Provavelmente Extinta".
Mas ainda há esperança, no início do ano nasceu o primeiro filhote de harpia em cativeiro na região sul, no Refúgio Biológico Bela Vista em Itaipu, isso pode significar uma reintrodução da espécie no estado do Paraná.
Segundo Intituto Ambiental Paranaense (IAP) as espécies paranaenses ameaçadas de extinção estão presentes em unidades de conservação mas, isso não significa dizer que elas estejam de fato protegidas.
Completamente hipnotizante!
As gerações futuras merecem conhecer esse belíssimo animal.
Quer saber mais, acesse:
http://www.zoologico.sp.gov.br/aves/harpia.htm

Literatura associada:
SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. 911p

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

H1N1

Ontem 23 de agosto,  na revista norte amerciana Nature Imunology, cientistas da Universidade do Texas, em San Antonio, divulgaram ter conhecimento de uma protéina do sistema imune inato, chamada Nod2 que é capaz de identificar a família de virus influenza A pelo reconhecimento do genoma viral e ainda combater a propagação do vírus por ativar moléculas do sistema imunológico.
O desenvolvimento de uma vacina a partir desse estudo por apontar um grande avanço na contenção dessa pandemia, que depois de chegar em terras tupiniquins atingiu até a aldeia dos índios guaranis no interior de São Paulo, acredita-se que o vírus tenha chegado por contatos entre indígenas com pessoas de fora da aldeia.
Aqui em Curitiba as Universidades Católica, Positivo e Federal do Paraná estão produzindo uma vacina na tentativa de combater o vírus juntamente com as medidas preventivas adotadas pelas unidades de saúde.
Assista ao vídeo e saiba como se prevenir da nova gripe!





abraços

domingo, 23 de agosto de 2009

Resgatando a história da ecologia

A etimologia da palavra ecologia significa estudo da casa, oikos=casa e logos=estudo, mas muito além de um simples estudo de habitat, a ecologia surge como alternativa complementar às necessidades humanas.
E necessário separar, selecionar, formar grupos de espécies que possam servir de auxílio para elaboração de sistemas complexos que sejam capazes de unir redes integradas de conhecimento biológico empírico e científico, facilitando a interação do homem com a natureza.
Desde o Neolítico, o homem primitivo possuía conhecimento ecológico adquirido pela procura de abrigo, alimentação etc, através do processo chamado "tentativa-e-erro", o erro possívelmente custava-lhe a vida.
No entanto o estudo da ecologia como conhecemos se deu a partir de elementos teóricos e repetitivos e da elaboração de hipóteses. Com o apogeu do pensamento filosófico grego, a ciência ligada à natureza ficou conhecida como Naturalismo. 
Com o avanço do pensamento moderno questões ligadas à natureza tornaram-se tão populares que, nas melhores tabernas européias entre os séculos XV e XVII era possível encontrar um naturalista bebendo de um conhecimento que agora era propriamente dito chamado de ciência.
E em 1866 com a publicação de Morfologia Geral do Organismos, Volume I o termo ecologia foi usado pela primeira vez, pelo alemão Ernest Haeckel, naturalista, conhecido como um dos pioneiros na arte da conservação ambiental, ele propôs nesse trabalho o estudo entre as relações de espécies animais com o meio biótico e abiótico, no entanto, ele não teve o reconhecimento devido e foi somente 29 anos depois na publicação de Geografia Vegetal Ecológica do botânico dinamarquês Johannes Warming que o termo ficou amplamente conhecido.
Com a publicação de Origem das Espécies de Charles Darwin, o desenvolvimento das ciências naturais começou a tomar proporções ainda maiores, mas essa é outra história.
Quer saber mais?
Acesse o material associado:
HAECKEL, E. 1866. Generelle Morphologie der Organismen, Vol I e II. Berlim.
WARMING, E. 1895. Plantzamfund, Gundträk af den Ökologiske plantegeogrefi. Copenhague.
Ernest Haeckel (1834-1919)

sábado, 22 de agosto de 2009

Biologia da Conservação

A Biologia da Conservação tem como principal objetivo procurar soluções para a crise de biodiversidade, através da compreensão dos efeitos antropológicos, buscando minimizar a pressão da atividade humana sobre os ambientes naturais e, desenvolver iniciativas que previnam a extinção de espécies ou ainda buscar a reintegração de espécies ameaçadas ao seu habitat natural.
Neste blog você encontrará curiosidades, dicas de leitura, informações sobre espécies, habitats, biomas brasileiros, sustentabilidade, biogeografia e materiais associados à Biologia.
Enjoy it.
Dica do dia: quer saber qual o tamanho da sua pegada sobre o planeta terra? click na Imagem Abaixo

 Que marcas você quer deixar no planeta? Calcule sua Pegada Ecológica.

Após ver o tamanho do seu impacto no meio ambiente acesse o site da wwf e veja como você pode contribuir para salvar o planeta.

abraços